Maria Leontina (São Paulo SP 1917 - Rio de Janeiro RJ 1984)
Pintora, gravadora, desenhista.
Maria Leontina Mendes Franco da Costa iniciou estudos de desenho com Antônio Covello, em São Paulo, em 1938, e na primeira metade da década de 1940 estuda pintura com Waldemar da Costa. Em 1946, no Rio de Janeiro, freqüenta o ateliê de Bruno Giorgi e faz curso de museologia no Museu Histórico Nacional - MHN, entre 1946 e 1948. Em 1947, participa da exposição 19 Pintores, na Galeria Prestes Maia, em São Paulo, ao lado de Lothar Charoux, Marcelo Grassmann, Aldemir Martins, Luiz Sacilotto e Flavio-Shiró. Em 1951, é convidada pelo psiquiatra e crítico de arte Osório César para orientar o setor de artes plásticas do Hospital Psiquiátrico do Juqueri. No mesmo ano, organiza uma mostra dos internos no Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM/SP. Em 1952, com bolsa de estudo do governo francês, viaja para a Europa, acompanhada pelo marido, o pintor Milton Dacosta. Em Paris, entre 1952 e 1954, freqüenta o ateliê de gravura de Johnny Friedlaender. Na década de 1960, realiza painel de azulejos para o Edifício Copan e vitrais para a Igreja Episcopal Brasileira da Santíssima Trindade, ambos em São Paulo. Inicialmente, sua obra é pautada no figurativismo de cunho expressionista, mas paulatinamente passa ao abstrato, sem seguir o rigor da geometria pura. Em 1960, em Nova York, recebe o prêmio nacional da Fundação Guggenheim e, em 1975, o prêmio pintura da Associação Paulista de Críticos de Artes - APCA.
Comentário Crítico
Nascida numa tradicional família paulistana, Maria Leontina se interessa por pintura após visita à exposição de Flávio de Carvalho. Inicia a formação artística estudando desenho com o pintor acadêmico Antônio Covello. A aproximação ao ambiente moderno e a dedicação com afinco à pintura ocorrem em 1940, quando passa a freqüentar o ateliê de Waldemar da Costa, artista co-fundador da Família Artística Paulista - FAP. Durante os anos de estudo com o artista (até 1946), Leontina apresenta produção de tendência expressionista próxima à de Flávio de Carvalho e Iberê Camargo. Em 1947 participa da exposição 19 Pintores, idealizada por sua irmã e crítica de arte Maria Eugênia Franco, e recebe o segundo prêmio do júri, formado por Anita Malfatti, Di Cavalcanti e Lasar Segall. Entre os jovens artistas expositores encontram-se nomes importantes da arte brasileira como Lothar Charoux, Marcelo Grassmann, Aldemir Martins, Luiz Sacilotto e Flavio-Shiró, todos ligados, naquele momento, à iconografia expressionista. Como afirma a artista, já no fim da vida, em depoimento ao crítico Frederico Morais: "Eu era expressionista, como quase todos os artistas naquela época".
Seu trabalho suscita a atenção mais intensa da crítica com a série de naturezas-mortas, iniciada em 1949, nas quais se percebe uma reflexão sobre o cubismo. Nelas o espaço pictórico autônomo, não preocupado com a representação da realidade, começa a se impor e as figuras tornam-se cada vez mais sintéticas. Em 1949, casa-se com o pintor Milton Dacosta. Com bolsa concedida pelo governo francês, viaja com o marido para a Europa, em 1952. Freqüenta o curso de gravura de Johnny Friedlaender, em Paris, onde vive até 1954. Nesse período, viaja por diversos países.
Mediante o desenvolvimento sem rupturas de sua pintura, chega à abstração geométrica em meados dos anos 1950, com base na depuração dos elementos figurativos. Naturalmente a artista é afetada pelo clima de discussão em torno da abstração, vigente no Brasil, e por sua experiência no exterior, onde provavelmente entra em contato com o movimento construtivo e a pintura abstrata européia. Relacionadas com as poéticas abstrato-geométricas, estão as séries como Os jogos e os Enigmas, Da Paisagem e do Tempo, Narrativas e Episódios. Muitas de suas pinturas evocam o espaço urbano e suas construções. Em obras como Os Enigmas (1955) a cidade aparece como uma construção de formas geométricas que lembra a série Castelos e Cidades realizada por Milton Dacosta a partir de 1955. Possivelmente, a artista teria sofrido influência do marido pintor, compondo na segunda metade dos anos de 1950 trabalhos com formas geométricas mais rigorosas. Contudo, não segue a exatidão artesanal das linhas de Dacosta, preferindo uma tendência mais leve, abrandando os limites das formas e permitindo a sobreposição de cores, em uma pintura repleta de transparências.
A fase "construtiva" de Maria Leontina, que dura até 1961, é considerada por diversos críticos como o momento de maior singularidade em seu percurso artístico. Permanecendo à margem das vertentes construtivas brasileiras, a artista desenvolve uma peculiar "geometria sensível", na qual a rigidez da linha e o rigor matemático da composição são substituídos por uma ordenação intuitiva e formas geométricas imprecisas. Como afirma o crítico Frederico Morais, nesses trabalhos ocorre "o justo equilíbrio entre expressão e construção, cálculo e emoção". Para o crítico Paulo Venâncio Filho certo aspecto mágico e espiritual - a que muitos chamaram de teor metafísico no sentido da concepção de pintura como a apresentação do invisível pelo visível - permeia suas estruturas, abrandando o senso ordenador mais radical. Não é à toa que o crítico Ferreira Gullar remete a produção abstrata de Leontina aos trabalhos de Paul Klee e Joán Miró. Também em relação às cores, a artista, uma das maiores coloristas da arte brasileira, não se restringe aos dogmas construtivos das cores primárias, trabalhando com igual destreza tanto tonalidades mais quentes quanto tons mais sóbrios.
Em 1961, com a série Formas, é inaugurada uma nova fase em sua trajetória, na qual as formas passam por um processo de arredondamento, posteriormente transformadas em manchas. A partir de então, e até o fim de sua vida, Maria Leontina realiza diversas séries em que ora predomina a abstração, geométrica ou não, ora a figuração sintética de cunho simbólico. Destaca-se a longa série de Estandartes, iniciada em 1963, considerada "um tema plástico infinito em suas possibilidades de variações de forma, linha e cor", segundo depoimento da artista. Os elementos são reduzidos cada vez mais ao essencial e a atmosfera metafísica e lírica presente desde seus primeiros trabalhos, assim como a qualidade silenciosa de suas pinturas, persistem.
Nota-se que a artista possui uma produção em desenho pouco conhecida e a ser mais bem investigada. Sobre o papel do desenho em seu método de criação, declara: "Quando vejo a montanha, o contorno me parece inicialmente definido. Depois surgem duas, três linhas. O mesmo ocorre em nosso relacionamento com os seres humanos. O que era nítido de início, cede lugar à imprecisão [...] Eu desenho muito. Gosto de elaborar o desenho dentro de mim, para que ele surja espontâneo. O desenho é muito útil, sempre. Sobretudo para captar as nuanças e as sensações".
Críticas
"(...) Como era característico entre nós lá pela metade dos anos 40 ela aderindo à figuração, assentada já no lirismo, voltada mais para a alma do que para o corpo das gentes, objetos e paisagens. Entregou-se em seguida à experiência abstrata. Nela, o que a interessou de início foi a especulação com os acordes de formas geométricas, de que a série Os Jogos e os Enigmas constituiu excelente exemplo, ao encerrar-se a década de 50. (...) Assim, mesmo quando se tratou de puras estruturas arquitetônicas, o olhar que ali buscasse o mundo objetivo terminaria encontrando-o na alusão a esquemas de casario ou de sinais nas cidades grandes. Foi inclusive um tal pendor alusivo que, na abertura dos anos 60, a fez repensar o rumo para ater-se mais uma vez às naturezas-mortas de que também partira. Mas não era bem um retorno aos limites da representação o que a atitude significava, e sim uma necessidade de levar às últimas conseqüências as possibilidades expressivas daquele ponto de partida, transcendendo-lhe o caráter figurativo pelo exercício sistemático de analogias. Com lógica suave e precisa, vieram então as séries dos Estandartes, das Páginas e d´Os Reinos e as Vestes. Em todas elas, pulsa uma atmosfera que se vale da sutileza poética, já anunciada nos títulos, do cromatismo discreto, como num andante musical, e das tensões pacificadas de formas que parecem levitar, se diluindo e se interpenetrando no espaço - sinal do tempo, que se dilui, se interpenetra e se acumula no fluxo da vida. Em muito, a pintura de Maria Leontina troca familiaridade com a de Maria Helena Vieira da Silva".
Roberto Pontual
PONTUAL, Roberto. Maria Leontina. In: ______. Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand. Rio de Janeiro: Jornal do Brasil, 1987, p. 252.
"(...) Só posso qualificar de lírica a arte de Maria Leontina se no termo lirismo se incluir, não sem legitimidade, também o sentimento trágico das formas, trágico, e não apenas dramático. Trágico no sentido arcaico e puro, daquela certeza de um destino insondável que, contudo, acaba sempre por revelar-se exatamente quando e onde parece romper-se a ilusão da realidade aparente. Trágico que no caso dessas exposições entra em declarado conflito com a segurança racional da composicão internacionalmente racionalizada. Assim se coloca o problema atual da pintura de Maria Leontina. Claro está que a sinceridade de seu caráter repele qualquer insinuação de fórmula adotada por simples curiosidade ou qualquer outro motivo menos respeitável. (...) imediatamente, se procurará em Maria Leontina uma racionalista capaz de desafiar, com os rigores da inteligência, nossas emoções ao propor-nos indecifráveis bem calculados, pois seu temperamento indisfarçavelmente emotivo, apaixonado mesmo, cultiva e propõe o o mistério até quando se entrega a gratuidades lúcidas que são, também elas, tragicamente inquietantes".
Lourival Gomes Machado
MACHADO, Lourival Gomes. Maria Leontina. In: MODERNIDADE: arte brasileira do século XX. São Paulo: MAM; Paris: Musée d´Art Moderne de la Ville de Paris, 1988. [Texto publicado originalmente no jornal O Estado de São Paulo, 1958.]
"A passagem de Leontina à abstração se distingue da de Dacosta por não ter percorrido exata e estritamente o caminho da geometrização. Quando figurativa, sua ascendência era expressionista, não cubista. Assim, não passou por 'cones, esferas e cilindros', como na famosa frase de Cézanne que é uma espécie de teoria avant la lettre do cubismo. Partiu de excepcionais naturezas-mortas (um de seus temas prediletos, com o qual criou o melhor de sua produção figurativa), e foi simplificando, despojando, esvaziando, tirando o peso, a consistência, até chegar a formas essenciais e, finalmente, abstratas. Entretanto, não só, talvez, pela proximidade de Dacosta sobretudo em virtude do seu próprio temperamento essencialmente apolíneo, harmonioso, límpido, tranqüilo, não chegou ao abstracionismo informal ou gestual. Como regra, historicamente, e por uma questão de afinidade, os expressionistas que se tornam abstratos tenderam mais para esse pólo; foi o que aconteceu, por exemplo, com Iberê Camargo. Leontina criou um tipo de construtivismo muito pessoal e lírico, ora um pouco mais, ora um pouco menos estruturado e rigoroso, mas sempre fluido e fluente".
Olívio Tavares de Araújo
ARAÚJO, Olívio Tavares de. Maria Leontina (1917-1984): A Alma da Artista. In: ______. Pintura brasileira do século XX: trajetórias relevantes. Rio de Janeiro: 4 Estações, 1998. 120 p., il. color., p. 96.
"Durante quatro décadas Maria Leontina desenvolveu uma trajetória muito semelhante à daqueles artistas que viveram o impacto das abstrações entre nós e, ao mesmo tempo, engendrou traços de singularidade nesse território. Nas obras dos anos 40, ainda figurativas, Leontina parecia atestar com perplexidade que a realidade percebida pelos sentidos parecia vasta demais, misteriosa demais para ser sintetizada com facilidade na realidade de cada quadro. Nesses trabalhos, fica evidente a artista tateando os códigos, tentando recriá-los para melhor entender os paralelismos possíveis entre o mundo e o mundo da pintura.
Já nos anos 50, certamente impregnada pelo debate sobre as abstrações, Leontina reserva a mesma perplexidade diante do mundo e do mundo da arte, agora numa atitude mais madura (...) Nas décadas seguintes, no entanto, em busca talvez de uma depuração formal mais absoluta, Leontina parece substituir aquela perplexidade tão profunda dos primeiros anos por um esquema pictórico com o qual poucas vezes atinge os níveis de qualidade dos períodos anteriores. Apenas no final da vida aquela angústia parece brotar de novo, só que em outro sentido:a arte para ela parece de repente tornar-se vasta demais, misteriosa demais para ser engendrada na realidade do mundo (...)".
Tadeu Chiarelli
CHIARELLI, Tadeu. Maria Leontina. In: ______. Arte internacional brasileira. São Paulo: Lemos, 1999. p. 214 [Texto publicado originalmente no jornal O Estado de São Paulo, 15/5/1994, p. M-10, com título "Mostra refaz itinerário de uma angústia". ]
"Gótica, Leontina busca na matéria o seu contrário - o espírito, eliminando o seu peso, libertando-a do solo. Realizou uma pintura aérea, etérea, transparente, imprecisa. Uma pintura - ou um desenho quase se desprendendo da tela e do papel. Tudo nela é leve, caso contrário, como fazer flutuar suas páginas, vestes, estandartes? Seu gesto vem carregado de um certo tremor místico, sugere um olhar vagamente míope. Um gesto vago e, no entanto, capaz de tudo dizer, como num haikai no qual se fala do mundo em 17 sílabas.
Uma das últimas telas da artista, datada de 1983, (...) é quase um epitáfio, na forma de um balanço ou síntese de sua obra admirável. Numa única e sutilíssima trama gráfica, situada entre duas colunas negras, nas laterais da tela, encontramos alusões a quase todas as suas séries temáticas - estandartes, páginas, vestes, umbrais. Na soleira do tempo, Maria Leontina espera o momento de iniciar sua derradeira viagem. Silêncio. "
Frederico Morais
MORAIS, Frederico. A pintura como silêncio. In: MILTON Dacosta e Maria Leontina: um diálogo. Rio de Janeiro: CCBB, 1999. p. 23.
Exposições Individuais
1950 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria do IAB/RJ
1950 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Domus
1951 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Ibeu
1951 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Domus
1955 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1955 - São Paulo SP - Individual, no MAM/SP
1957 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1957 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Ambiente
1958 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Gea
1958 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Tenreiro
1958 - São Paulo SP - Individual, na Galeria de Arte da Folha
1959 - São Paulo SP - Individual, na Associação de Amigos do MAM/SP
1959 - São Paulo SP - Milton Dacosta e Maria Leontina, na Associação de Amigos do MAM/SP
1960 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Estúdio
1960 - São Paulo SP - Individual, na Galeria São Luís
1962 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1962 - São Paulo SP - Individual, na Petite Galerie
1963 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Relevo
1963 - São Paulo SP - Individual, na Seta Galeria de Arte
1964 - São Paulo SP - Individual, na Associaçao dos Amigos do MAM/SP
1966 - Belo Horizonte MG - Individual, no MAP
1966 - São Paulo SP - Individual, na Associaçao dos Amigos do MAM/SP
1972 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria de Arte Ipanema
1972 - São Paulo SP - Individual, na Seta Galeria de Arte
1973 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Uirapuru
1975 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria de Arte Ipanema
1975 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1975 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Arte Global
1977 - São Paulo SP - Individual, na Grifo Galeria de Arte
1982 - Rio de Janeiro RJ - Maria Leontina: síntese retrospectiva, na Galeria do IAB/RJ
1983 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria GB Arte
1983 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Arco
Exposições Coletivas
1942 - Rio de Janeiro RJ - 48º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA
1944 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA - medalha de bronze
1944 - São Paulo SP - 9º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, na Galeria Prestes Maia - Prêmio Mário de Andrade
1944 - São Paulo SP - Exposição de Pintura Moderna Brasileira-Norte-Americana, na Galeria Prestes Maia
1945 - Rio de Janeiro RJ - 51º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA
1947 - Rio de Janeiro RJ - 53º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA - Divisão Moderna
1947 - Rio de Janeiro RJ - 6 Novos de São Paulo, na Galeria do IAB/RJ
1947 - São Paulo SP - 11º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, na Galeria Prestes Maia
1947 - São Paulo SP - 19 Pintores, na Galeria Prestes Maia - Prêmio Jeremias Lunardelli (2º prêmio)
1948 - Rio de Janeiro RJ - 54º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA - Divisão Moderna - isenção de júri
1948 - São Paulo SP - 12º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, na Galeria Domus
1949 - São Paulo SP - 13º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos
1950 - Rio de Janeiro RJ - 56º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA - Divisão Moderna - medalha de prata
1950 - Veneza (Itália) - 25ª Bienal de Veneza
1951 - Rio de Janeiro RJ - Exposição de Naturezas-Mortas, no Serviço de Alimentação e Previdência Social
1951 - São Paulo SP - 1ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão do Trianon - Prêmio Moinho Santista
1951 - São Paulo SP - 1º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - prêmio viagem ao país
1951 - São Paulo SP - Exposição de Naturezas-Mortas, na Sede do Serviço de Alimentação e Previdência Social - 1º prêmio
1952 - Feira de Santana BA - 1º Exposição de Arte Moderna de Feira de Santana, no Banco Econômico
1952 - Paris (França) - 38º Salão de Maio
1952 - Rio de Janeiro RJ - 1º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ
1952 - Rio de Janeiro RJ - Exposição de Artistas Brasileiros, no MAM/RJ
1952 - Veneza (Itália) - 26ª Bienal de Veneza
1954 - São Paulo SP - 3º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - grande medalha de ouro
1954 - São Paulo SP - Arte Contemporânea: exposição do acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo, no MAM/SP
1955 - Rio de Janeiro RJ - 4º Salão Nacional de Arte Moderna - prêmio viagem ao país
1955 - Salvador BA - 5º Salão Baiano de Belas Artes, na Galeria Belvedere da Sé
1955 - São Paulo SP - 3ª Bienal Internacional de São Paulo, no MAM/SP - Prêmio MAM/RJ
1955 - São Paulo SP - 4º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia
1956 - Montevidéu (Uruguai) - Pintura Brasileña Contemporánea, no Instituto de Cultura Uruguayo-Brasileño
1956 - Veneza (Itália) - 28ª Bienal de Veneza
1957 - Rio de Janeiro RJ - 6º Salão Nacional de Arte Moderna - prêmio aquisição
1957 - São Paulo SP - 4ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho - prêmio aquisição
1957 - São Paulo SP - 6º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia
1958 - São Paulo SP - Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, na Galeria de Arte das Folhas
1959 - São Paulo SP - 5ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho - prêmio aquisição
1959 - São Paulo SP - Milton Dacosta e Maria Leontina, na Associação dos Amigos do Museu de Arte Moderna de São Paulo
1959 - São Paulo SP - Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, na Galeria de Arte das Folhas
1960 - Nova York (Estados Unidos) - Guggenheim International Award, na Fundação Guggenheim
1960 - São Paulo SP - 9º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - prêmio aquisição
1960 - São Paulo SP - Coleção Leirner, na Galeria de Arte das Folhas
1960 - São Paulo SP - Contribuição da Mulher às Artes Plásticas no País, no MAM/SP
1961 - Rio de Janeiro RJ - O Rosto e a Obra, na Galeria Ibeu Copacabana
1961 - São Paulo SP - 6ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho
1962 - São Paulo SP - Seleção de Obras de Arte Brasileira da Coleção Ernesto Wolf, no MAM/SP
1963 - Campinas SP - Pintura e Escultura Contemporâneas, no Museu Carlos Gomes
1963 - São Paulo SP - 7ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1964 - Rio de Janeiro RJ - O Nu na Arte Contemporânea, na Galeria Ibeu Copacabana
1965 - São Paulo SP - 8ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal - prêmio aquisição
1966 - Rio de Janeiro RJ - Auto-Retratos, na Galeria Ibeu Copacabana
1966 - São Paulo SP - Meio Século de Arte Nova, no MAC/USP
1967 - São Paulo SP - 9ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1968 - São Paulo SP - 19 Pintores, na Tema Galeria de Arte
1969 - São Paulo SP - 1º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP - prêmio aquisição
1970 - São Paulo SP - 2º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP - prêmio aquisição
1972 - São Paulo SP - Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois, na Galeria da Collectio
1972 - São Paulo SP - Retrospectiva Waldemar da Costa: homenagem ao mestre, no MAM/SP
1973 - São Paulo SP - 5º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1975 - São Paulo SP - Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1976 - Campinas SP - 10º Salão de Arte Contemporânea de Campinas - Arte no Brasil: Documento/Debate, no MAC/Campinas - artista convidado
1976 - São Paulo SP - Arte Brasileira no Século XX - caminhos e tendências, na Galeria Arte Global
1976 - São Paulo SP - O Desenho Jovem dos Anos 40, na Pinacoteca do Estado
1977 - Rio de Janeiro RJ - Projeto Construtivo Brasileiro na Arte: 1950-1962, no MAM/RJ
1977 - São Paulo SP - Projeto Construtivo Brasileiro na Arte: 1950-1962, na Pinacoteca do Estado
1978 - Caracas (Venezuela) - Encontro Ibero-Americano de Artistas e Críticos, na Fundación Museo de Bellas Artes
1978 - São Paulo SP - 19 Pintores, no MAM/SP
1978 - São Paulo SP - As Bienais e a Abstração: a década de 50, no Museu Lasar Segall
1979 - Rio de Janeiro RJ - Escultores Brasileiros, na Galeria Aktuel
1979 - São Paulo SP - 15ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1980 - Belo Horizonte MG - Destaque Hilton de Pintura, no Fundação Clóvis Salgado. Palácio das Artes - prêmio aquisição
1980 - Brasília DF - Destaque Hilton de Pintura, na Fundação Cultural do Distrito Federal - prêmio aquisição
1980 - Curitiba PR - Destaque Hilton de Pintura, , no Teatro Guaíra - prêmio aquisição
1980 - Porto Alegre RS - Destaque Hilton de Pintura, no Margs - prêmio aquisição
1980 - Rio de Janeiro RJ - Concretistas de São Paulo, na Galeria Place des Arts
1980 - Rio de Janeiro RJ - Destaque Hilton de Pintura, no MAM/RJ - prêmio aquisição
1980 - Rio de Janeiro RJ - Homenagem a Mário Pedrosa, na Galeria Jean Boghici
1980 - Santos SP - 5 Tendências, no CCBEU
1980 - São Paulo SP - Destaque Hilton de Pintura, no MAM/SP - prêmio aquisição
1982 - Lisboa (Portugal) - Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão
1982 - Londres (Reino Unido) - Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, na Barbican Art Gallery
1982 - Salvador BA - A Arte Brasileira da Coleção Odorico Tavares, no Museu Carlos Costa Pinto
1982 - São Paulo SP - Do Modernismo à Bienal, no MAM/SP
1983 - Rio de Janeiro RJ - 6º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1983 - Rio de Janeiro RJ - A Flor da Pele: pintura e prazer, no Centro Empresarial Rio
1983 - Rio de Janeiro RJ - Auto-Retratos Brasileiros, na Galeria de Arte Banerj
1984 - Fortaleza CE - 7º Salão Nacional de Artes Plásticas
1984 - Rio de Janeiro RJ - Doações Recentes 82-84, no MNBA
1984 - São Paulo SP - A Cor e o Desenho do Brasil, no MAM/SP
1984 - São Paulo SP - Coleção Gilberto Chateaubriand: retrato e auto-retrato da arte brasileira, no MAM/SP
1984 - São Paulo SP - A Cor e o Desenho do Brasil, no MAM/SP
1984 - Rio de Janeiro RJ - Doações Recentes 82-84, no MNBA
Exposições Póstumas
1984 - Rio de Janeiro RJ - 7º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1984 - São Paulo SP - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal
1985 - Porto Alegre RS - Iberê Camargo: trajetória e encontros, no Margs
1985 - Rio de Janeiro RJ - 8º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1985 - Rio de Janeiro RJ - Encontros, na Petite Galerie
1986 - Brasília DF - Iberê Camargo: trajetória e encontros, no Teatro Nacional Cláudio Santoro
1986 - Rio de Janeiro RJ - Iberê Camargo: trajetória e encontros, no MAM/RJ
1986 - São Paulo SP - Iberê Camargo: trajetória e encontros, , e no Masp
1986 - Rio de Janeiro RJ - JK e os Anos 50: uma visão da cultura e do cotidiano, na Galeria Investiarte
1987 - Paris (França) - Modernidade: arte brasileira do século XX, no Musée d´Art Moderne de la Ville de Paris
1987 - Rio de Janeiro RJ - Ao Colecionador: homenagem a Gilberto Chateaubriand, no MAM/RJ
1987 - São Paulo SP - As Bienais no Acervo do MAC: 1951 a 1985, no MAC/USP
1987 - São Paulo SP - O Ofício da Arte: pintura, no Sesc
1988 - Rio de Janeiro RJ - Abstração Geométrica, na Fundação Nacional de Arte. Centro de Artes
1988 - São Paulo SP - MAC 25 anos: destaques da coleção inicial, no MAC/USP
1988 - São Paulo SP - Modernidade: arte brasileira do século XX, no MAM/SP
1989 - São Paulo SP - 20ª Bienal Internacional de São Paulo - Pintura Abstrata: Efeito Bienal, 1954-1963, na Fundação Bienal
1992 - Poços de Caldas MG - Arte Moderna Brasileira: acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, na Casa de Cultura de Poços de Caldas
1992 - Rio de Janeiro RJ - A Caminho de Niterói: Coleção João Sattamini, no Paço Imperial
1992 - São Paulo SP - O Olhar de Sérgio sobre a Arte Brasileira: desenhos e pinturas, na Biblioteca Municipal Mário de Andrade
1993 - Rio de Janeiro RJ - Brasil, 100 Anos de Arte Moderna, no MNBA
1994 - Poços de Caldas MG - Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos do Unibanco, na Casa de Cultura de Poços de Caldas
1994 - Rio de Janeiro RJ - O Desenho Moderno no Brasil: Coleção Gilberto Chateaubriand, no MAM/RJ
1994 - São Paulo SP - Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal
1994 - São Paulo SP - Maria Leontina: retrospectiva, no MAM/SP
1994 - São Paulo SP - Retrospectiva em homenagem ao 10º aniversário de sua morte, no MAM/SP
1995 - Brasília DF - Coleções de Brasília, no Ministério das Relações Exteriores. Palácio do Itamaraty
1995 - Rio de Janeiro RJ - Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos do Unibanco, no MAM/RJ
1996 - São Paulo SP - Arte Brasileira: 50 anos de história no acervo MAC/USP: 1920-1970, no MAC/USP
1996 - São Paulo SP - Mulheres Artistas no Acervo do MAC, no MAC/USP
1997 - Porto Alegre RS - 1ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul, na Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul
1997 - Porto Alegre RS - Exposição do Acervo da Caixa, no Conjunto Cultural da Caixa
1997 - Porto Alegre RS - Vertente Construtiva e Design, no Espaço Cultural ULBRA
1997 - São Paulo SP - Exposição do Acervo da Caixa, no Conjunto Cultural da Caixa
1998 - Curitiba PR - Exposição do Acervo da Caixa, no Conjunto Cultural da Caixa
1998 - Niterói RJ - Espelho da Bienal, no MAC/Niterói
1998 - Rio de Janeiro RJ - Exposição do Acervo da Caixa, no Conjunto Cultural da Caixa
1998 - São Paulo SP - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/SP
1998 - São Paulo SP - O Moderno e o Contemporâneo na Arte Brasileira. Coleção Gilberto Chateaubriand - MAM/RJ, no Masp
1998 - São Paulo SP - O Moderno e o Contemporâneo na Arte Brasileira: Coleção Gilberto Chateaubriand - MAM/RJ, no Masp
1998 - São Paulo SP - Os Colecionadores - Guita e José Mindlin: matrizes e gravuras, na Galeria de Arte do Sesi
1998 - São Paulo SP - Os Colecionadores - Guita e José Mindlin: matrizes e gravuras, na Galeria de Arte do Sesi
1999 - Niterói RJ - Mostra Rio Gravura. Acervo Banerj, no Museu do Ingá
1999 - Porto Alegre RS - 2ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul, na Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul
1999 - Porto Alegre RS - Picasso, Cubismo e América Latina, no Margs
1999 - Rio de Janeiro RJ - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/RJ
1999 - Rio de Janeiro RJ - Milton Dacosta e Maria Leontina: um diálogo, no CCBB
1999 - Rio de Janeiro RJ - Milton Dacosta e Maria Leontina: um diálogo, no CCBB
1999 - Rio de Janeiro RJ - Mostra Rio Gravura. Acervo Banerj, no Museu Histórico do Ingá
1999 - Rio de Janeiro RJ - Mostra Rio Gravura. Gravura Moderna Brasileira: acervo Museu Nacional de Belas Artes, no MNBA
1999 - Rio de Janeiro RJ - Mostra Rio Gravura. Gravura Moderna Brasileira: acervo Museu Nacional de Belas Artes, no MNBA
1999 - Salvador BA - 60 Anos de Arte Brasileira, no Espaço Cultural da Caixa Econômica Federal
1999 - São Paulo SP - Cotidiano/Arte. O Consumo . Metamorfose do Consumo, no Itaú Cultural
1999 - São Paulo SP e Rio de Janeiro RJ - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/SP e no MAM/RJ
2000 - Brasília DF - Exposição Brasil Europa: encontros no século XX , no Conjunto Cultural da Caixa
2000 - Rio de Janeiro RJ - Quando o Brasil era Moderno: artes plásticas no Rio de Janeiro de 1905 a 1960, no Paço Imperial
2000 - São Paulo SP - Brasil + 500 Mostra do Redescobrimento. Arte Moderna, na Fundação Bienal
2001 - Brasília DF - Coleções do Brasil, no CCBB
2001 - São Paulo SP - A Cor na Arte Brasileira, no Espaço MAM/Villa-Lobos
2001 - São Paulo SP - Bienal 50 Anos: uma homenagem a Ciccillo Matarazzo, na Fundação Bienal
2002 - Niterói RJ - Acervo em Papel, no MAC/Niterói
2002 - Niterói RJ - Arte Brasileira sobre Papel: séculos XIX e XX, no Solar do Jambeiro
2002 - Rio de Janeiro RJ - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2002 - Rio de Janeiro RJ - Caminhos do Contemporâneo 1952-2002, no Paço Imperial
2002 - Rio de Janeiro RJ - Caminhos do Contemporâneo 1952-2002, no Paço Imperial
2002 - São Paulo SP - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2002 - São Paulo SP - Mapa do Agora: arte brasileira recente na Coleção João Sattamini do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, no Instituto Tomie Ohtake
2002 - São Paulo SP - Modernismo: da Semana de 22 à seção de arte de Sérgio Milliet, no CCSP
2003 - Brasília DF - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2003 - Rio de Janeiro RJ - Arte Brasileira: da Revolução de 30 ao pós-guerra, no MAM/RJ
2003 - Rio de Janeiro RJ - Autonomia do Desenho, no MAM/RJ
2003 - Rio de Janeiro RJ - Ordem x Liberdade, no MAM/RJ
2003 - Rio de Janeiro RJ - Tesouros da Caixa: arte moderna brasileira no acervo da Caixa, no Conjunto Cultural da Caixa
2003 - São Paulo SP - MAC USP 40 Anos: interfaces contemporâneas, no MAC/USP
2004 - Niterói RJ - Modernidade Transitiva, no MAC/Niterói
2004 - São Paulo SP - Gabinete de Papel, no CCSP
2004 - São Paulo SP - Gesto e Expressão: o abstracionismo informal nas coleções JP Morgan Chase e MAM, no MAM/SP
2004 - São Paulo SP - Mulheres Pintoras, na Pinacoteca do Estado
2004 - São Paulo SP - Sala do Acervo, na Ricardo Camargo Galeria
2004 - São Paulo SP - Tudo é Desenho, no CCSP
Fonte: Itaú Cultural