Hilda Helena Eisenlohr Campofiorito (Rio de Janeiro RJ 1901 - Niterói RJ 1997)
Pintora, desenhista, tapeceira, ceramista e designer de jóias.
Estuda na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, como aluna livre, entre 1924 e 1929. Neste mesmo ano, acompanha seu marido o pintor Quirino Campofiorito (1902-1993) - agraciado com o Prêmio Viagem ao Estrangeiro pela Escola Nacional de Belas Artes - em uma viagem para a Europa, onde faz cursos de aperfeiçoamento na Real Academia de Belas Artes, em Roma (Itália) e na Academia Julien, em Paris (França), lá permanecendo até 1934. Retorna ao Brasil, em 1935, residindo por dois anos em Araraquara, no interior de São Paulo. Em 1937, fixa residência em Niterói. Leciona técnicas de batik na Galeria do Campo, em Niterói, em 1975.
Críticas
"Uma pintura forte, de matéria dramática, conscientizando a temática social de tão difícil tratamento, coloca-a ao lado dos pintores mais importantes do gênero. A sabedoria do enfoque grupal, tão evidente em Portinari, Di Cavalcanti e Sigaud, entre outros, encontra nela uma intérprete original. Nenhum toque de caráter feminil ou lírico, nesta pintora que soube com grandeza transmitir o problema eterno dos construtores anônimos do progresso, com pouca vantagem por isso. A valorização do processo artesanal, que ela aqui situa no ofício vivo de uma olaria, é outra resposta do homem à industrialização que sufoca o trabalho manual e seu estímulo de criatividade. Hilda Campofiorito concretiza este testemunho sem demagogia, com pulso de verdadeiro pintor".
Walmir Ayala
AYALA, Walmir. O Brasil por seus artistas = Brazil through its artists. trad. Tradução de John Stephen Morris, Ida Cecília Raiche de Araújo e Zuleika Santos Andrade. Rio de Janeiro: Nórdica; São Paulo: Círculo do Livro, s.d.
"Na década de trinta encontra-se na Itália, em companhia de seu marido, o pintor e crítico de arte Quirino Campofiorito. Na Europa, vivendo a efervescência cultural, a artista tem a oportunidade de entrar em contato com a nova pintura e o fogo das idéias que fizeram nosso século. Em Anticoli-Corrado, onde passa uma temporada, Hilda, imbuída de novos conceitos a respeito da arte, já tem os olhos mais livres para criar uma notável série de paisagens, denotando um colorido mais interpretativo, contando com composições mais elaboradas e um ponto de vista mais próprio. Este encontro com a luz mediterrânea acentua sua ligação e seu amor pela natureza. Após conhecer a França, para onde foi com Quirino, fugindo das ameaças do fascismo italiano, Hilda retorna ao Brasil, dando prosseguimento à sua arte, agora totalmente voltada para as formas livres. É, então, uma pintora que detém a técnica, o sentimento aguçado e uma vontade incomum de criar. A pintura, em suas variadas formas, não é mais seu único meio de expressão. A cerâmica, o trabalho em vidro e as técnicas orientais do batik são veículos para a artista conceber sua visão da natureza. Poucos são os criadores que mantêm uma relação tão íntima e verdadeira com o tema tratado. As paisagens, as raízes e os panôs de formas orgânicas são extraídos do contato diário da artista com o meio natural, formando assim uma unidade de significação forte, não de caráter racional ou mecânico, mas de conotação expressiva, em comunhão com a vida. Não podemos pretender separar na produção de Hilda Campofiorito a pintura da criação de objetos decorativos. Uma se relaciona com a outra, uma vive da outra. Este senso decorativo que permeia sua obra, que está presente em tudo o que a artista produz é o fio condutor para a compreensão de sua arte. Esta vocação decorativa é que a faz verdadeiramente moderna".
Claudio Valerio Teixeira
CAMPOFIORITO, Hilda. Cerâmicas e vidros: comemorativa dos 90 anos da artista. Niterói: Museu Histórico do Estado do Rio de Janeiro, 1991. p. 9.
Depoimentos
"Aos vinte e pouco anos de idade, fiz uma exposição promovida pelo Diretório Acadêmico da Escola Nacional de Belas Artes, então na Rua Araújo Porto Alegre, no Rio de Janeiro. Como visitante, apareceu o mestre Eliseu Visconti, que olhou para meus trabalhos expostos e disse: 'Moça, você encontrou uma flor em seu caminho, cuide dela?. Quando ainda morávamos em Roma, fui ao ateliê de uma colega holandesa e lá deparei com uma raiz encontrada por ela numa floresta. Era linda. Fiquei realmente encantada e louca para encontrar, também eu, pelos caminhos que percorria, alguma coisa parecida. Inútil, mesmo porque nas ruas de Roma não poderia encontrar nada naquele sentido. Voltando ao Brasil, anos depois, e estando em Brasília quando Italo trabalhava com Oscar Niemeyer, encontrei entre galhos de árvores derrubadas tantas raízes que realmente me agradaram, que recolhi num saco grande e cheio, e pus-me a desenhá-las e a fazer das mesmas imagens as imagens dos meus primeiros nanquins lavados, o que Italo apreciou. Mais tarde na praia de Icaraí, sempre depois de uma ressaca, fui encontrando mais e mais raízes que pareciam Ter olhos, pernas, pés, mas de um modo todo especial. O crítico de arte Marc Berkowitz apreciava muito este tipo de trabalho que me agradou fazer durante bastante tempo. (...) Numa de minhas viagens pela Europa, passando pela Rue Saint Germain des Près, dei com uma vitrine só de batiks. Não conhecia nada daquela técnica e confesso que fiquei apaixonada por ela. Naquele tempo, viajava-se de navio e nós empregávamos os navios da Mala Real Inglesa, que levava treze dias para chegar ao Havre e dali seguíamos de trem para Paris. Custou para eu conseguir os nomes dos materiais necessários para fazer os batiks e tomar uma aulas. Despachei tudo: os papéis, os pincéis e os potes de tinta para o Brasil (no navio, cada passageiro podia levar duzentos quilos de carga!). (...) Ao voltarmos da Europa, Quirino foi convidado pelo deputado Bento de Abreu Sampaio Vidal para inaugurar e dirigir a Escola de Belas Artes de Araraquara, no Estado de São Paulo. (...) Foi um período agradável, cercado de todo carinho. Lá realizei trabalhos e alguns retratos, inclusive o da Moça de Amarelo, que ofereci ao Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. (...) Não poderia deixar de mencionar meu contato, em 1953, com uma grande artista americana, Margareth Spence, que morou no Brasil durante onze anos. (...) Inúmeras vezes ela nos convidou, a mim e a Quirino, para almoçar lá e um dia resolvi ir. Era na Avenida Suburbana, muito longe de Niterói, mas durante um ano e meio, freqüentei as aulas que ela dava' cobre esmaltado e os cinzeiros de vidro que tanto agradam a todos que vêem. (...) Eram cinco alunos, mas só eu continuei a aproveitar aqueles ensinamentos de tanto valor".
Hilda Campofiorito
CAMPOFIORITO, Hilda. Cerâmicas e vidros : comemorativa dos 90 anos da artista. Niterói : Museu Histórico do Estado do Rio de Janeiro, 1991. pp. 5-7.
Exposições Individuais
1935 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Pró-Arte
1936 - Araraquara SP - Individual
1943 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Diretório Acadêmico da Enba
1947 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Salão do Ministério da Educação e Cultura
1952 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na ABI
1962 - Rio de Janeiro RJ - Desenho e Tecido Pintado, no MAM/RJ
1963 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no MAM/RJ
1967 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria H. Stern
1967 - Niterói RJ - Individual, no Centro Cultural Pascoal Carlos Magno
1968 - Niterói RJ - Individual, na Livraria Diálogo
1969 - Brasília DF - Individual, na Galeria Paiol
1970 - Londres (Inglaterra) - Individual de Tecido Pintado, no Salão da Embaixada do Brasil
1971 - Niterói RJ - Individual, na Sociedade Fluminense de Fotografia
1971 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Piccola Galeria
1973 - Niterói RJ - Individual, na Piccola Galeria
1973 - Niterói RJ - Individual, na Le Chat Gallerie
1978 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Mnba
1981 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Mnba
1982 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Estampa
1983 - Niterói RJ - Individual, na Galeria Daltro
1985 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Acervo - Prêmio Mário Pedrosa
1991 - Niterói RJ - Individual, no Clube Naval
1991 - Niterói RJ - Hilda Eisenlohr Campofiorito: Pinturas, Desenhos, Batiks, Cerâmicas e Vidros, no Museu Histórico do Estado do Rio de Janeiro
1994 - Niterói RJ - Viagem, Hilda Campofiorito: Pinturas, no Museu Antonio Parreiras e no no Centro Cultural Paschoal Carlos Magno
Exposições Coletivas
1926 - Rio de Janeiro RJ - 33ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - menção honrosa de 2º grau
1927 - Rio de Janeiro RJ - 34ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - medalha de bronze categoria pintura
1928 - Rio de Janeiro RJ - 35ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1929 - Niterói RJ - 1º Salão Fluminense de Belas Artes
1929 - Rio de Janeiro RJ - 36ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1931 - Paris (França) - Salon des Artists Français, na Societé Nationale de Beaux Arts
1931 - Rio de Janeiro RJ - 38ª Exposição Geral de Belas Artes
1931 - Rio de Janeiro RJ - Salão Revolucionário, na Enba
1935 - Rio de Janeiro RJ - Exposição Comemorativa do Jubileu da Sociedade Brasileira de Belas Artes, na Enba
1935 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - medalha de prata seção pintura
1936 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes
1937 - Rio de Janeiro RJ - Exposição Campofiorito (Hilda, Quirino, Pedro e Violeta), no Salão da Associação dos Artistas Brasileiros
1937 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes
1937 - São Paulo SP - 5º Salão Paulista de Belas Artes
1938 - Califórnia (Estados Unidos) - Exposição Internacional da Califórnia
1938 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes
1939 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes
1940 - Niterói RJ - Salão Fluminense de Belas Artes
1940 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes
1941 - Niterói RJ - Salão Fluminense de Belas Artes
1941 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - Divisão Moderna
1942 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - Divisão Moderna
1943 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - Divisão Moderna
1944 - Belo Horizonte MG - Exposição de Arte Moderna, no Edifício Mariana
1944 - Londres (Inglaterra) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, na Royal Academy of Arts
1944 - Londres e Norwich (Inglaterra) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings
1944 - Norwich (Inglaterra) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, no Norwich Castle and Museum
1944 - Rio de Janeiro RJ - 50º Salão Nacional de Belas Artes - Divisão Moderna, no Mnba - prêmio viagem ao país
1945 - Baht (Inglaterra) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, na Victory Art Gallery
1945 - Bristol (Inglaterra) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, no Bristol City Museum & Art Gallery
1945 - Buenos Aires (Argentina) - 20 Artistas Brasileños, nas Salas Nacionales de Exposición
1945 - Edimburgo (Escócia) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, na National Gallery
1945 - Glasgow (Escócia) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, na Kelingrove Art Gallery
1945 - La Plata (Argentina) - 20 Artistas Brasileños, no Museo Provincial de Bellas Artes
1945 - Manchester (Inglaterra) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, na Manchester Art Gallery
1945 - Montevidéu (Uruguai) - 20 Artistas Brasileños, na Comisión Municipal de Cultura
1945 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - Divisão Moderna - Medalha de Ouro
1946 - Rio de Janeiro RJ - Os Pintores vão à Escola do Povo, no Diretório Acadêmico da Enba
1947 - Buenos Aires (Argentina) - Exposição de Pintores Brasileiros, na Galeria Muller
1947 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - Divisão Moderna
1947 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - Divisão Moderna
1948 - Rio de Janeiro RJ - Exposição de Pintura Contemporânea, no Grupo Escola Dias Velho
1948 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - Divisão Moderna
1949 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - Divisão Moderna
1950 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - Divisão Moderna
1951 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - Divisão Moderna
1951 - São Paulo SP - 1ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão do Trianon
1952 - Rio de Janeiro RJ - 1º Salão Nacional de Arte Moderna
1952 - Rio de Janeiro RJ - 3º Salão de Naturezas Mortas, na ABI - Prêmio Jornal de Letras
1953 - Rio de Janeiro RJ - 4º Salão de Naturezas Mortas, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro
1954 - Rio de Janeiro RJ - 3º Salão Nacional de Arte Moderna (Salão Branco e Preto), no Palácio da Cultura
1955 - Rio de Janeiro RJ - 4º Salão Nacional de Arte Moderna
1955 - Salvador BA - 4º Salão Baiano de Belas Artes, na Divisão de Arte Moderna
1956 - Rio de Janeiro RJ - 1º Salão Ferroviário, no MEC
1956 - Rio de Janeiro RJ - 5º Salão Nacional de Arte Moderna
1958 - Rio de Janeiro RJ - 1º Salão Shell
1958 - Rio de Janeiro RJ - 7º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ
1958 - Rio de Janeiro RJ - O Trabalho na Arte, no Mnba
1958 - Rio de Janeiro RJ - Salão de Arte A Mãe e a Criança
1959 - Rio de Janeiro RJ - 8º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ
1961 - Rio de Janeiro RJ - 10º Salão Nacional de Arte Moderna
1962 - Rio de Janeiro RJ - 11º Salão Nacional de Arte Moderna
1963 - Belém PA - Salão de Artes Plásticas do Pará
1963 - Rio de Janeiro RJ - 12º Salão Nacional de Arte Moderna
1964 - Rio de Janeiro RJ - 13º Salão Nacional de Arte Moderna
1965 - Belém PA - Salão de Artes Plásticas do Pará
1965 - Brasília DF - Salão de Artes Plásticas do Distrito Federal
1965 - Rio de Janeiro RJ - 14º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ
1965 - Rio de Janeiro RJ - Coletiva, no Copacabana Palace
1966 - Brasília DF - Salão de Artes Plásticas do Distrito Federal
1966 - Salvador BA - 1ª Bienal Nacional de Artes Plásticas
1967 - Rio de Janeiro RJ - 16º Salão Nacional de Arte Moderna
1968 - Rio de Janeiro RJ - 17º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ
1970 - Rio de Janeiro RJ - 19º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ
1972 - Niterói RJ - 1º Mostra de Artes Visuais do Estado do Rio de Janeiro
1972 - Niterói RJ - 50 Anos de Arte Contemporânea, na UFF
1972 - Niterói RJ - Coletiva, na Le Chat Gallerie
1973 - Niterói RJ - 2º Mostra de Artes Visuais do Estado do Rio de Janeiro - Prêmio Aquisição
1974 - Niterói RJ - 3º Mostra de Artes Visuais do Estado do Rio de Janeiro
1974 - Petrópolis RJ - Mostra - Estado do Rio de Janeiro: Arte/Artistas/Tendências
1981 - Niterói RJ - Caminhos da Pintura, no Museu Antonio Parreira
1981 - Rio de Janeiro RJ - Universo do Carnaval: imagens e reflexões, no Acervo Galeria de Arte
1982 - Niterói RJ - Artistas de Niterói, na Galeria da UFF
1983 - Rio de Janeiro RJ - 6º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1983 - Rio de Janeiro RJ - Auto-Retratos Brasileiros, na Galeria de Arte Banerj
1984 - Niterói RJ - Arte Mulher, no Centro Cultural Pascoal Carlos Magno
1984 - Rio de Janeiro RJ - A Expressão da Mulher na Pintura Brasileira, na Biblioteca Nacional
1985 - Rio de Janeiro RJ - 8º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1985 - Rio de Janeiro RJ - A Outra Geração 80, Sala Especial do Salão Nacional de Artes Plásticas
1986 - Rio de Janeiro RJ - Lagoa Rodrigo de Freitas: Imagens do Passado e do Presente, na Acervo Galeria de Arte
1987 - Niterói RJ - Aquarelas Brasileiras, na Galeria Santiago & Chalhub
1988 - Rio de Janeiro RJ - Visões do Trabalho, no Mnba
1996 - Niterói RJ - Oito Mulheres, na Galeria de Arte Swains
Exposições Póstumas
2002 - São Paulo SP - Arte e Política, no MAM/SP
2003 - São Paulo SP - Arte e Sociedade: uma relação polêmica, no Itaú Cultural
Fonte: Itaú Cultural