Samson Flexor (Soroca, Bessarábia, Rússia 1907 - São Paulo SP 1971)
Pintor, desenhista, muralista, professor.
Viaja para a Bélgica em 1922, onde estuda química e cursa pintura na Académie Royale des Beaux-Arts [Academia Real de Belas Artes]. Muda-se para Paris em 1924 e faz o curso livre da Ecole Nationale Supérieure des Beaux-Arts [Escola Nacional Superior de Belas Artes], orientado por Lucien Simon (1861-1945). Paralelamente, cursa história da arte na Sorbonne. Em 1926, freqüenta as academias La Grande Chaumière e Ranson, onde recebe aulas de Roger Bissière (1886-1964). No ano seguinte, realiza a primeira exposição individual, na Galeria Campagne Première, em Paris. Em 1929, participa da fundação do Salon des Surindépendants, atuando como diretor até 1938. Quando se converte ao catolicismo em 1933, passa a executar pinturas murais de cunho religioso. Membro da Resistência Francesa, durante a II Guerra Mundial (1939-1945), é forçado a fugir de Paris. Nesse período, suas pinturas tornam-se sombrias e inicia estudos expressionista e cubistas sobre a Paixão de Cristo. Em 1946, realiza viagem ao Brasil e expõe na Galeria Prestes Maia, em São Paulo, e em 1948, fixa-se na cidade. Motivado pelo crítico Léon Dégand (1907-1958), então diretor do Museu de Arte Moderna (MAM/SP), aproxima-se do abstracionismo geométrico e cria, em 1951, o Atelier-Abstração, tendo como alunos Jacques Douches (1921), Norberto Nicola (1930-2007), Leopoldo Raimo (1912), Alberto Teixeira (1925) e Wega Nery (1912-2007), entre outros. Em meados da década de 1960 aproxima-se da abstração lírica e da figuração.
Comentário Crítico
Ao fixar-se no Brasil, em 1948, Flexor já é um artista maduro e de rica experiência artística. Sua formação inclui a passagem de dois anos pela Académie Royale des Beaux-Arts em Bruxelas (1922-1924), estudos na Ecole Nationale Supérieure des Beaux-Arts [Escola Nacional Superior de Belas Artes] e no curso de história da arte na Sorbonne, ambas em Paris (a partir de 1924). Com uma produção próxima à Escola de Paris, o artista conquista reconhecimento da crítica em sua primeira exposição individual (1927). Em 1929 participa da criação do Salon des Surindépendants, do qual é diretor até 1938. Faz parte da resistência à ocupação nazista e é obrigado a deixar a capital francesa em 1940. Passa por enormes dificuldades durante a guerra, voltando a Paris somente em 1945. Os problemas do pós-guerra, aliados ao sucesso da viagem a São Paulo acompanhando uma exposição do Grupo dos Pintores Independentes e sua mostra individual na Galeria Prestes Maia (1946), fazem com que decida imigrar com a família para o Brasil, em 1948.
Considerado um dos introdutores do abstracionismo no Brasil, Flexor é um artista de produção variada e independente. Da figuração cubista à abstração geométrica, e desta à abstração lírica, volta no final da vida a uma espécie de figuração orgânica e antropomórfica, sem deixar de lado a pintura de temática religiosa e os retratos. É preciso notar que da mesma forma que exerce papel importante na aceitação das correntes abstratas pelos brasileiros, o contato com o ambiente do país do fim dos anos 1940 é fundamental para o desenvolvimento pleno de tendências abstratas esboçadas em sua pintura desde o fim da II Guerra Mundial (1939-1945). Encontra um meio artístico no qual fervilha a querela entre os partidários da abstração e os defensores da pintura figurativa de cunho nacionalista. Participa da histórica exposição inaugural do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), Do Figurativismo ao Abstracionismo, em 1949, a convite do crítico belga e diretor do recém-fundado museu Leon Dégand (1907-1958) e é incentivado por ele a aventurar-se pelos caminhos da abstração geométrica pura.
Por sua vez, o sentimento de crise do humanismo típico do período do pós-guerra (Flexor declara em 1948: "As guerras obrigam o homem a descobrir de novo o universo que julgava conhecer"), em conjunto com a experiência contagiante do surto desenvolvimentista pelo qual passa São Paulo na época, onde, como declara o artista a Sérgio Milliet (1898-1966), "tudo tende para o futuro e clama seu desprezo pelo passado colonial", são elementos decisivos para os futuros caminhos tomados por Flexor no Brasil.
Dessa forma, sua pintura semi-abstrata de origem neocubista do fim dos anos 1940, na qual, como observou Mário Pedrosa (1900-1981), "a sobreposição de planos ainda tem função figurativa" - observam-se, por exemplo, Xícaras (1945), Violão (1948) e Cristo na Cruz (1949) -, transforma-se pouco a pouco em composições geométricas puramente abstratas em que os planos se tornam autônomos, integrando-se por "partido ortogônico ou diagonal". As telas abstratas de Flexor buscam um dinamismo pela combinação de planos e linhas verticais, diagonais e horizontais e de pontos rítmicos pela colocação de tonalidades quentes ao lado de tons rebaixados, na intenção de atingir uma harmonia dentro da assimetria. Esta abstração, mais musical do que matemática, é construída mediante o estudo e aplicação de métodos renascentistas de proporção e harmonia, como observa Alice Brill (1920). Esses estudos rigorosos serão ensinados por Flexor a partir de 1951 no Atelier-Abstração (primeira fase 1951-1959), do qual participam Alberto Teixeira (1925), Emílio Mallet, Izar do Amaral Berlinck, Jacques Douchez (1921), Leyla Perrone, Leopoldo Raimo (1912), Renée Malleville e Wega Nery (1912).
No final dos anos 1950, uma série de fatores, entre eles a viagem para os Estados Unidos (1957) e o fechamento do Atelier, influi para a mudança de Flexor em direção a uma abstração lírica de formas orgânicas. "Ao mesmo tempo em que mergulha em uma busca interior, Flexor pesquisa a matéria, o ritmo das formas e da luz", como assinala Denise Mattar. Em 1967 o artista surpreende ao realizar grandes pinturas "figurativo-abstratas" para a 9ª Bienal Internacional de São Paulo intituladas Bípedes. Sobre a convivência da abstração e figuração na obra de Flexor, Tadeu Chiarelli mostra que mesmo em algumas obras ditas "abstratas puras" há a presença de esquemas ilusionistas num inquestionável compromisso com a pintura tradicional. Nesse sentido, sua obra apresenta-se como "objeto privilegiado de estudo sobre os aspectos problemáticos envolvidos na absorção das poéticas não-figurativas no campo da arte brasileira".
Nota
1 Em 1812, com a assinatura do Tratado de Paz entre os impérios Russo e Turco, a parte oriental da Moldávia, situada entre os rios Prut e Nistru, chamada Bessarábia, e onde se localiza a cidade de Soroca, é anexada ao Império Russo, tornando-se uma província da Rússia até 1918. Nesse ano, os bessárabes decidem se unir à Romênia. Esta união dura até 1940, ano em que o país é anexado pela União Soviética, como consequência do Pacto Ribbentrop-Molotov, de 1939. A Moldávia funciona como uma entidade territorial dentro da ex-União Soviética até 1991, quando declara sua independência.
Críticas
"(...) Como todo pintor em que a inteligência criativa não se afasta ou sucumbe à força instintiva, o desenho sempre foi nele de importância decisiva. Pode-se dizer que Flexor foi, desde o seu começo de pintor, um descendente direto do cubismo sintético. Suas grandes composições figurais ou de temas sacros devem as estruturas complexas à experiência cubista da segunda vaga parisiense, na predominância dos planos sobre tudo o mais. Quando entrou ele na fase geométrica, esses planos se tornaram autônomos de qualquer idéia representativa, passando a entrosar-se ou por um partido ortogônico ou por um partido diagonal. A complexidade estrutural da composição absorvia o artista de tal modo que a cor era, apenas, em geral, uma suplementação em rosa ou em verde ou em qualquer outro semitom ao branco".
Mário Pedrosa
PEDROSA, Mário. Flexor, artista e pintor. In: FLEXOR. São Paulo: MAM, 1961.
"Em 1963 Jacques Lassaigne referiu-se à sua arte como uma 'síntese equilibrada entre a construção e o lirismo', e René Deroudille, em 1965, assim comentou sua evolução: '(...) suas primeiras obras brasileiras, dedicadas às abstrações tropicais, traduzem um lirismo formal e colorido, seguido por um momento de serenidade no qual, guiado pelas opções religiosas, Samson Flexor atinge uma síntese expressiva (...) Vem em seguida um período de abstração fria e criativa, próxima do construtivismo e das preocupações óticas e ambíguas da op art. Finalmente, é o levantamento do vôo para as pesquisas muito atuais, onde o olho 'escuta' as pulsações dos elementos e faz eclodir, na extensão da tela, estranhas crateras, flores venenosas, ondas indomadas, signos de uma tonalidade plástica e poética à qual aspira Samson Flexor'. Referindo-se a seus últimos trabalhos, disse Clarival Valadares, em 1968: 'No exemplo de Flexor, após atingir um nível insuperável de virtuosismo na técnica de superposição e de diafanização tonal, sob rígida ordenação das unidades formais (...) vêmo-lo transpor-se para a configuração de algo da condição humana (...)' ".
Roberto Pontual
PONTUAL, Roberto. Flexor. In:______. Dicionário das artes plásticas no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1969. p. 218.
"Afirma Flexor que sua orientação decisiva no sentido da abstração decorre não somente de um processo intelectual mas também da contemplação cotidiana do espetáculo que oferece o desenvolvimento frenético de São Paulo, 'onde tudo tende para o futuro e clama seu desprezo pelo passado colonial'. Haveria assim, em seu sentir, uma ligação íntima entre as forças progressistas da civilização e as realizações dos pintores. Estes, libertados da imitação da natureza, emancipados das convenções e das tradições, seriam a expressão natural da civilização atômica. (...)
No caso de Flexor, derive ou não a sua pintura da sua fixação em São Paulo, não a julgaremos por esse prisma, mesmo porque jamais teve ele a intenção de interpretar o que quer que seja. Temos de encará-la como pintura simplesmente, verificando o que nos traz de novo, que soluções apresenta, até que ponto foge das chapas, das convenções dos truques. Tem ela como ponto de partida e com solução mais imediata a composição geométrica, jogo de retângulos ou de círculos, de linhas diagonais, verticais e horizontais em equilíbrio harmônico e no entanto movimentado. E concomitantemente a expressão colorística pelo matiz, em acordes mais requintados do que exigiam os neoplasticistas.
Mas Flexor não quer perder em sua disciplina as soluções mais líricas do hedonismo abstracionista, porque não deseja empobrecer a pintura, enrijecendo-a, e ei-lo a dar à matéria especial cuidado.
Nem concretista nem hedonista, mas pessoal e lírico, embora disciplinado em seu abstracionismo, mostra Flexor quanto pode ser livre e complexa uma tendência que tantos já acusam de acadêmica, mal principiou a produzir alguns frutos saborosos. Uma qualidade tem em todo caso - e indiscutível - a autenticidade, pois o que caracteriza a autenticidade na arte, pintura, música ou arquitetura, é estar a obra intimamente ligada à sua época".
Sérgio Milliet
MILLIET, Sérgio. Diário crítico: 1955/1956. 2. ed. São Paulo: Martins: Edusp, 1982. v. 10, p. 53; 55-56.
"Samson Flexor foi um desses artistas autônomos, que buscava um caminho sem compromissos. Considerado o mais importante introdutor do abstracionismo no Brasil, aqui atua como professor, conferencista e artista plástico. Para Flexor, vida e arte caminham sempre juntas; em suas próprias palavras: 'Vou tentar traduzir, assim como eu o sinto, o relacionamento que existe neste triângulo: artista, vida, obra, triângulo cuja base é dada pelos pontos artista e vida, sendo obra o ponto culminante... ' É significativo que expresse suas idéias em termos geométricos. Flexor elabora, em seguida, uma síntese de toda a história da arte, que lembra os manifestos das vanguardas, hoje já históricas, e suas posições básicas. Na pintura e na arte em geral 'o que mais comove é e permanece... essa tendência Prometheana de vagar beirando os abismos, ultrapassando os limites do possível'. As obras de arte são 'cristalização do pensamento e das aspirações da humanidade em via de realização... testemunho da nossa dignidade e do desejo imperecível do homem de reter a vida universal, que lhe escapa a todo instante, na tentativa de defini-la para sempre'. Finalmente, a história da arte chega em nossos dias 'a esta autonomia... que chamamos ARTE ABSTRATA - abstrata a tudo que não seja ela mesma... ' Flexor cita Kandinsky, Delaunay, Mondrian, Paul Valery e muitos outros artistas e intelectuais que romperam com toda tradição, em busca de uma inovação capaz de dar expressão legítima a novas situações. Significativamente, Flexor, que começa a lecionar desde sua chegada definitiva a São Paulo, em 1948, vai inaugurar o seu Atelier Abstração oficialmente no ano da instauração das Bienais Paulistas, em 1951. Sem dúvida cabe a ele o papel pioneiro entre os abstracionistas brasileiros que divulgam esta tendência, considerando-se que as idéias abstratas na arte só começam a ser aqui introduzidas a partir da 1ª e 2ª Bienal Internacional de São Paulo".
Alice Brill
BRILL, Alice. Reflexão sobre Arte Abstrata. In: ______. Samson Flexor: do figurativismo ao abstracionismo. São Paulo, Insdustrias Freios Knorr/MWM Motores Diesel/EDUSP, 1990, p. 79.
"Deve-se assinalar, porem, que a arte de Flexor nunca atingiu, como expressão pictórica, o radicalismo que se manifesta em suas idéias. Se é verdade que foi o pioneiro da tendência abstrata no Brasil, trabalhou como pintor dentro de determinados limites, que os concretos e particularmente os neoconcretos ultrapassaram amplamente. Isso se explica, dentre outros fatores, pelo caminho anterior percorrido pela pintura de Flexor, diverso das tendências geométricas que geraram a arte concreta: o abstracionismo de Flexor tem origem no neocubismo e na Escola de Paris, enquanto o concretismo brasileiro bebeu em Max Bill e nas teses da Escola de Ulm. A diferença está visível nas etapas que Flexor percorreu para chegar à abstração, que vão da estilização das figuras à gradativa eliminação das alusões figurativas, enquanto a pintura concreta já parte de formas geométricas puras, livres de qualquer referência ao mundo exterior".
Ferreira Gullar
GULLAR, Ferreira. A Pintura de Flexor: cosa mentale. In: FLEXOR. Modulações. São Paulo: Instituto Moreira Salles, 2003. p. 32.
"Talvez um dos pontos mais altos da obra de Flexor tenha sido, justamente, aquela série de trabalhos produzidos no final doa anos 40. Ali o artista, sem dúvida impactado com as formulações propostas pela abstração lírica - então se alastrando ferozmente pela Europa e Estados Unidos -, experimenta igualmente certas soluções conseguidas pelo Picasso surrealista e por certas 'liberdades' advindas da prática do automatismo psíquico. Suas cabeças, suas créoles, suas paisagens e naturezas-mortas demonstram como o artista trafega livre entre a estrutura geométrica do plano pictórico e a sensualidade do gesto, às vezes afirmativo e másculo, às vezes ornamental, repleto de um sincero erotismo. O exímio pintor - detentor de um domínio da técnica pictórica até então poucas vezes encontrada no Brasil -, então, trafega solto por uma poética abstratizante, cujo caráter conciliatório entre a figuração e abstração absolutamente não representa uma fraqueza, mas sim um modo de resolver, pela estratégia da fusão gestual, aquilo que, para muitos, seria impossível".
Tadeu Chiarelli
CHIARELLI, Tadeu. A Conciliação dos Opostos. In: FLEXOR. Modulações. São Paulo: Instituto Moreira Salles, 2003. p. 29.
Depoimento
Pode parecer artificial explicar a posteriori as fases sucessivas de um artista ligando-as por um fio condutor que lhes assegure uma continuidade satisfatória para o espírito. Como é que Flexor, o pintor das amplas composições geométricas, matematicamente construidas, dentro do cromatismo refinado dos anos de 1950, pôde conceber os Bípedes dos anos de 1960, reflexos igualmente pesados e evanescentes de não sei que subumanidade entrevista no limiar do pesadelo? Ou melhor, como é que o Flexor sereno desses anos de 1950 pôde criar ao mesmo tempo essa admirável e trágica série de Paixão de Cristo que nos mergulha num universo de dor e crueldade? Reunidos na mesma sala de um museo imaginário, esses diferentes aspectos
do gênio do artista desorientam com certeza aquele que, sob realizações plásticas tão diversas, pretendese descobrir o fio secreto que os une, a personalidade profunda do homem Flexor.
Esse problema não existiria para seus amigos, seus familiares, aos quais ele expunha com uma admirável lucidez a motivação de suas obras. Para Flexor, nada dessas contradições, comuns a certos artista que,
incapazes de assegurar a unidade do seu ser, passam febrilmente de um estilo a outro, renegando hoje o credo estético do qual eram ontem os campeões. O mesmo Flexor estava sempre ali, coerente, lúcido, verdadeiro. No entanto, sua personalidade, sua cultura, eram tão ricas que ele podia, como músico que era, dosar suas sonoridades ao sabor de suas preocupações intelectuais, do seu estado d"alma e, na última fase de sua vida, de seu estado de saúde.
O pintor Flexor que, após os sofrimentos da guerra, vinha, em 1948, tentar uma nova vida no Brasil, fora fortemente marcado por sua formação francesa, intelectual e artística. Exatamente como seu grande amigo brasileiro Sérgio Milliet, assíduo leitor de Montaigne, ele era antes de mais nada um humanista, um ser ávido de conhecer tudo que se refere ao homem. Nada escapava à sua sede de saber: as matemáticas, a filosofia, a música e, naturalmente, as artes plásticas. Como os grandes mestres da Renascença, ele achava que num quadro o Belo só poderia ser atingido submetendo a composição a relações matemáticas privelegiadas, como a seção áurea, por exemplo.
Seu temperamento ardente, intelectualmente inquieto, o conduzia a levar suas experiências pictóricas às últimas consequências. Não se tratava do "quadrado branco em fundo branco" de Malevitch, mas de algo semelhante, mais rigoroso talvez. Excelente pianista, maravilha-se com a organização racional de uma sonata de Bach, e queria que seus quadros fossem similarmente composto. Falava, no fundo, uma linguagem próxima da de Piero della Francesca: porém, nele, somente as estruturas "abstraídas" da realizade permaneciam. Esse rigorismo intelectual dominava os arroubos de uma sensibilidade, por vezes revelada pelo lirismo de certos esboços preparatórios, a lápis. Um tema religioso podia no entanto liberá-lo do hedonismo apolíneo adquirido em Paris. Teremos então a notável série da Paixão de Cristo, pungente grito em que se misturam a dor do cristão diante da morte do Filho do Homem, a do judeu, que conheceu a opressão totalitária, e a do homem esmagado por sua condição. É, no entanto, bem Flexor. A composição expressionista, barroca mesmo (Jesus entre os dois ladrões), é sábia, e o cromatismo obedece às regras da liturgia e ao simbolismo psicológico tradicional.
Mas nada do que é humano lhe indiferente. Uma grande ruptura cultural prepara-se nesses anos de pós-guerra. Paris e suas exigências de equilíbrio racional esvanecem-se diante da nova geração americana ébria de incontrolados ardores. É 1957, Flexor conhece Nova York, os exageros da action painting e os meandros da caligrafia orietal. Que imagem do Homem e arte lhe irá dar? Flexor é excessivamente comedido para entregar-se à liberdade do traço e da pincelada. Domina muito bem sua técnica para esquecê-la um momento sequer. É em seus esboços ou nas suas aquarelas que ele pode mais sinceramente caminhar rumo à espontaneidade, à expressão gestual. Nas grandes composições a óleo, mais logamente elaboradas, a emoção do grafismo ou a mancha cede um pouco diante da dureza e da perfeição do cristal. Aproxima-se o fim. O artista tem apenas 64 anos, mas o ardente apóstolo da abstração geométrica, o líder, está cansado. Cansado daquilo que ele julgava ser a incompreensão dos meios artísticos, cansado pela doença de que iria morrer. Pela primeira vez, Flexor se entrega - sabê-lo-ia? - a seus demônios interiores. Sua pintura quer reencontrar
as composições amplas da grande época mas não são as formas vigorosas, geométricas, com a cores luminosas de outrora são vastas zonas lívidas, orladas de cordões de massa, trabalhadas com a espátula. A coerência matemática deu lugar a uma outra lógica: as grandes manchas organizam-se em obessões figurativas, gigantes esmagados, seres pesados e invertebrados, que surgem do pincel fatigado, um pincel que se recusa a renunciar. O mestre de outrora, que passava, cheio de entusiasmo, do piano ao cavalete, é agora o homem enfraquecido, que às vezes, lágrimas nos olhos, volta à sua tela em que nascem esses Bípedes, imagens ao mesmo tempo poderosas e miseráveis de uma vida que o abandona. Aqui e acolá, ainda uma nota vibrante: um pequeno retângulo bem geométrico, vigorosamente colorido, negro às vezes [...]
Livro Flexor
Jacques Douchez - Janeiro 1990
Exposições Individuais
1927 - Paris (França) - Primeira individual, na Galerie Campagne Première
1928 - Paris (França) - Individual, na Galerie Jeune Peinture
1929 - Bruxelas (Bélgica) - Individual, na Galerie Le Cadre
1929 - Paris (França) - Individual, na Galerie Jeune Peinture
1930 - Paris (França) - Individual, na Galeria George Dupuis
1933 - Paris (França) - Individual, na Galerie Jeune Peinture
1935 - Paris (França) - Individual, na Galerie A. Barreiro
1937 - Paris (França) - Individual, na Galeria La Fenêtre Ouverte
1939 - Paris (França) - Individual, na Galerie Carmine
1946 - Paris (França) - Individual, na Galerie Carmine
1946 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Prestes Maia - Salão Almeida Júnior
1948 - Paris (França) - Flexor: peintures et dessins, na Galerie Roux-Hentschel
1948 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Domus
1950 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Domus
1950 - São Paulo SP - Individual, no MAM/SP
1952 - Salvador BA - Individual, na Galeria Oxumaré
1952 - São Paulo SP - Individual, na Livraria Francesa - Sociedade Inter-Franco-Brasil
1952 - São Paulo SP - Um Vitral de Flexor, no MAM/SP
1953 - Santos SP - Individual, na Associação Franco-Brasileira
1954 - São Paulo SP - Individual, no MAM/SP
1955 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no MAM/RJ
1956 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Montmartre-Jorge
1957 - Nova York (Estados Unidos) - Individual, na Roland de Aenlle Gallery
1958 - São Paulo SP - Individual, na Galeria de Arte das Folhas
1960 - Belo Horizonte MG - Individual, no MAP
1960 - São Paulo SP - Individual, na Galeria São Luís
1961 - Campinas SP - Individual, na Galeria Aremar
1961 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no MAM/RJ
1961 - São Paulo SP - Individual, no MAM/SP
1961 - São Paulo SP - Individual, na Casa do Artista Plástico
1961 - São Paulo SP - Individual, no MAM/SP
1962 - Montevidéu (Uruguai) - Individual, no Ministério de Instrucción Publica y Prevision Social
1962 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Astréia
1963 - Düsseldorf (Alemanha) - Individual, na Galeria Gunar
1963 - Kassel (Alemanha) - Individual, na Kasseler Kunstverein
1963 - Lisboa (Portugal) - Individual, na Embaixada do Brasil
1963 - Paris (França) - Samson Flexor: peinture et aquarelles récentes, na Galerie George Bongers
1963 - Stuttgart (Alemanha) - Individual, na Galerie Hans Maercklin
1964 - Lisboa (Portugal) - Individual, na Câmara do Comércio do Brasil em Portugal
1964 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Bonino
1964 - São Paulo SP - Obras Recentes de Flexor, na Galeria São Luís
1965 - Genebra (Suíça) - Individual, no Museu Rath
1966 - Santos SP - Individual, no Clube de Arte
1966 - São Paulo SP - Individual, na Chelsea Art Gallery
1966 - São Paulo SP - Individual, na Galeria 4 Planetas
1967 - São Paulo SP - Flexor 1947-1967, no Banco de Minas Gerais
1968 - Rio de Janeiro RJ - Flexor: 30 anos de pintura, no MAM/RJ
1969 - São Paulo SP - Individual, na Documenta Galeria de Arte
1970 - Campinas SP - Individual, na Galeria Girassol
1970 - São Paulo SP - Individual, na Chelsea Art Gallery
Exposições Coletivas
1927 - Paris (França) - 20º Salão de Outono, no Grand Palais
1929 - Paris (França) - 40º Salon des Indépendants, na Société des Artistes Indépendants
1929 - Paris (França) - Salão de Outono, no Grand Palais
1929 - Paris (França) - Salon des Tuilleries
1930 - Paris (França) - Exposição, no Les Surindépendants
1930 - Paris (França) - Salão de Outono, no Grand Palais
1932 - Paris (França) - Salon des Échanges
1933 - Bruxelas (Bélgica) - Dispensaire des Artistes
1934 - Paris (França) - Salon des Échanges, no Parc des Exposition, Porte de Versailles
1935 - Nevers (França) - Exposição, na Galerie d'Art Jack
1935 - Paris (França) - Salon des Échanges, no Parc des Expositions, Porte de Versailles
1936 - Paris (França) - Salon des Tuilleries
1937 - Paris (França) - Prêmio Paul Guillaume, na Galeria Berheim Jeune
1937 - Paris (França) - Exposição Universal de Paris, no Pavillon d'Art Français
1937 - Paris (França) - Salon des Échanges, no Parc des Expositions, Porte de Versailles
1938 - Nevers (França) - 26ª Exposition du Groupe d'Emulation Artistique du Nivernais
1938 - Paris (França) - 8ª Salon des Échanges, no Parc des Exposition, Porte de Versailles
1938 - Paris (França) - Exposição, na Maison de La Culture
1938 - Paris (França) - Salon des Tuilleries
1939 - Paris (França) - Prêmio Paul Guillaume, na Galeria Berheim Jeune
1940 - Normandia (França) - Salon des Artistes Bas-Normands
1946 - Paris (França) - Artistes de la Résistence, no Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris
1949 - São Paulo SP - 13º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos
1949 - São Paulo SP - Do Figurativismo ao Abstracionismo, no MAM/SP
1950 - São Paulo SP - Composição sobre os Temas da Paixão, no MAM/SP
1951 - Salvador BA - 3º Salão Baiano de Artes Plásticas
1951 - São Paulo SP - 1ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão do Trianon
1951 - São Paulo SP - 1º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia
1951 - São Paulo SP - Exposição, na Livraria Francesa
1952 - Havana (Cuba) - 2ª Bienal Hispano Americana
1952 - Rio de Janeiro RJ - 1º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ
1952 - Santiago (Chile) - Exposição Francesa, na Universidad de Santiago do Chile
1953 - Caracas (Venezuela) - Salão Pan-americano
1953 - São Paulo SP - 2ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão dos Estados
1953 - São Paulo SP - Atelier Abstração, no IAB/SP
1954 - São Paulo SP - Atelier Abstração, no MAM/SP
1954 - Veneza (Itália) - 27ª Bienal de Veneza
1955 - Montevidéu (Uruguai) - Exposição de Arte Brasileira
1955 - Paris (França) - Mostra de Arte Brasileira, na Maison de L'Amerique Latine
1955 - São Paulo SP - 3ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão das Nações
1955 - São Paulo SP - Atelier Abstração, no Instituto Mackenzie
1956 - São Paulo SP - 50 Anos de Paisagem Brasileira, no MAM/SP
1956 - São Paulo SP - Atelier Abstração, no MAM/SP
1957 - Buenos Aires (Argentina) - Arte Moderna no Brasil, no Museo de Arte Moderno
1957 - Lima (Peru) - Arte Moderna no Brasil, no Museo de Arte
1957 - Paris (França) - 50 Ans de Peinture Abstraite, na Galerie Creuze
1957 - Rosário (Argentina) - Arte Moderna no Brasil, no Museo Municipal de Bellas Artes Juan B. Castagnino
1957 - Santiago (Chile) - Arte Moderna no Brasil, no Museo de Arte Contemporáneo
1957 - São Paulo SP - 12 Artistas de São Paulo, na Galeria de Arte das Folhas
1957 - São Paulo SP - 4ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho
1958 - Nova York (Estados Unidos) - Atelier Abstração of São Paulo, na Roland de Aenlle Gallery
1959 - Leverkusen (Alemanha) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1959 - Munique (Alemanha) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa, na Kunsthaus
1959 - Viena (Áustria) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Concórdia SC - Salão de Belas Artes do Clube Concórdia
1960 - Hamburgo (Alemanha) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Kassel (Alemanha) - Arte Brasileira da Atualidade
1960 - Lisboa (Portugal) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Madri (Espanha) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Paris (França) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - São Paulo SP - Coleção Leirner, na Galeria de Arte das Folhas
1960 - Teresópolis RJ - Exposição de Arte Contemporânea, na Prefeitura Municipal de Teresópolis
1960 - Utrecht (Holanda) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1961 - Rio de Janeiro RJ - 10º Salão Nacional de Arte Moderna
1961 - Rio de Janeiro RJ - Coletiva, no MAM/RJ
1961 - São Paulo SP - 10º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - medalha de ouro
1961 - São Paulo SP - 6ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho
1962 - Curitiba PR - Salão do Paraná, na Biblioteca Pública do Paraná
1962 - Kassel (Alemanha) - Brasilianische Kunstler der Gegenwart, na Kasseler Kunstverein
1962 - São Paulo SP - 11º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia
1962 - São Paulo SP - Seleção de Obras de Arte Brasileira da Coleção Ernesto Wolf, no MAM/SP
1963 - Berlim (Alemanha) - Sudamerikanische Malerei der Gegenwart, na Akademie der Kunste
1963 - Campinas SP - Pintura e Escultura Contemporâneas, no Museu Carlos Gomes
1964 - Paris (França) - Salon Comparaisons, no Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris
1965 - Osaka e Sakata (Japão) - Coletiva, na Galeria Nunu e no Honma Art Museum
1966 - Osaka (Japão) - International Society of Plastic and Audiovisual Arts
1966 - Paris (França) - Artistes Brésiliens de Paris, na Galeria Debret
1966 - São Paulo SP - Coletiva, no MAC/USP
1966 - São Paulo SP - Manchas, na Galeria 4 Planetas
1966 - São Paulo SP - Três Premissas, no MAB/Faap
1967 - Montevidéu (Uruguai) - Exposição de Arte Brasileira
1967 - São Paulo SP - 9ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1968 - Rijeka (Iugoslávia, atual Croácia) - Exposition Internationale des Dessins Originaux, no Museum of Modern and Contemporary Art
1968 - São Paulo SP - 17º Salão Paulista de Arte Moderna
1969 - Rio de Janeiro RJ - 7º Resumo de Arte JB, no MAM/RJ
1969 - São Paulo SP - 1º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1969 - São Paulo SP - Os 5 Grandes, no Banco Nacional, organizado pela Chelsea Art Gallery
1970 - Montevidéu (Uruguai) - 1ª Bienal do Uruguai - grande prêmio pan-americano de pintura
1970 - Sakata (Japão) - International Society of Plastic and Audiovisual Arts
1970 - São Paulo SP - 2º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1970 - São Paulo SP - Coletiva, na Galeria Azulão
1971 - São Paulo SP - 11ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1971 - São Paulo SP - Obras de Artistas Brasileiros Doadas ao Museu de Arte Contemporânea de Skopje, no Paço das Artes
Exposições Póstumas
1972 - Campinas SP - Individual, na Galeria Girassol
1972 - São Paulo SP - Individual, na Chelsea Galeria de Arte
1972 - Tailândia - International Society of Plastic and Audiovisual Arts
1973 - Santos SP - 2ª Bienal de Artes Plásticas
1973 - São Paulo SP - Individual, na Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Salão Nobre
1974 - Campinas SP - Samson Flexor, Lothar Charoux, Raul Porto, Paulo Roberto Leal, no Banco Lar Brasileiro
1975 - Campinas SP - Individual, no Banco Lar Brasileiro
1975 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Montmartre-Jorge
1975 - São Paulo SP - 13ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1975 - São Paulo SP - Individual, no MAM/SP
1975 - São Paulo SP - Individual, no Masp
1976 - São Paulo SP - Imigrantes nas Artes Plásticas de São Paulo, no Masp
1977 - São Bernardo do Campo SP - Individual, no Paço Municipal
1977 - São Paulo SP - Destaque do Mês, na Pinacoteca do Estado
1978 - Recife PE - Gouaches e Aquarelas de Samson Flexor, na Casa de Cultura de Pernambuco
1978 - Salvador BA - Gouaches e Aquarelas de Samson Flexor, no MAM/BA
1978 - São Paulo SP - Gouaches e Aquarelas de Samson Flexor, na Galeria Arte Global
1978 - São Paulo SP - A Arte e Seus Processos: o papel como suporte, na Pinacoteca do Estado
1978 - São Paulo SP - As Bienais e a Abstração: a década de 50, no Museu Lasar Segall
1980 - Londrina PR - Individual, na UEL
1980 - Marília SP - Individual, na Galeria Flexor
1980 - São Paulo SP - Projeto Pinacoteca, na Galeria Sesc Paulista
1981 - São Paulo SP - Individual, no Jockey Club de São Paulo
1982 - São Paulo SP - Samson Flexor: abstração lírica e geométrica, na Galeria de Arte São Paulo
1983 - São Paulo SP - Individual, na Galeria de Arte São Paulo
1983 - São Paulo SP - Uma Seleção do Acervo na Cidade Universitária, no MAC/USP
1983 - São Paulo SP - Uma Seleção do Acervo: do cubismo ao abstracionismo, no MAC/USP
1984 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Saramenha
1984 - São Paulo SP - Coleção Gilberto Chateaubriand: retrato e auto-retrato da arte brasileira, no MAM/SP
1984 - São Paulo SP - Tradição e Ruptura: síntese da arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal
1985 - São Paulo SP - 18ª Exposição de Arte Contemporânea, no Chapel Art Show
1987 - Paris (França) - Modernidade: arte brasileira do século XX, no Musée d'Art de la Ville de Paris
1987 - Rio de Janeiro RJ - Abstracionismo Geométrico e Informal: aspectos da vanguarda brasileira dos anos 50, na Funarte
1987 - São Paulo SP - O Ofício da Arte: pintura, no Sesc
1988 - Rio de Janeiro RJ - 2ª Abstração Geométrica, na Funarte. Centro de Artes
1988 - São Paulo SP - MAC 25 anos: destaques da coleção inicial, no MAC/USP
1988 - São Paulo SP - Modernidade: arte brasileira do século XX, no MAM/SP
1988 - São Paulo SP - Samson Flexor: obras 1921-1971, no Espaço Cultural José Duarte Aguiar e Ricardo Camargo
1989 - São Paulo SP - 20ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1990 - São Paulo SP - Flexor e o Abstracionismo no Brasil, no MAC/USP
1991 - São Paulo SP - Abstracionismo Geométrico e Informal: aspectos da vanguarda brasileira dos anos 50, na Pinacoteca do Estado
1992 - Rio de Janeiro RJ - 1º A Caminho de Niterói: Coleção João Sattamini, no Paço Imperial
1993 - Rio de Janeiro RJ - Brasil 100 Anos de Arte Moderna, no MNBA
1994 - São Paulo SP - Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal
1996 - Niterói RJ - Arte Contemporânea Brasileira na Coleção João Sattamini, no MAC/Niterói
1996 - São Paulo SP - Arte Brasileira: 50 anos de história no acervo MAC/USP: 1920-1970, no MAC/USP
1998 - Niterói RJ - Espelho da Bienal, no MAC/Niterói
1998 - São Paulo SP - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/SP
1998 - São Paulo SP - Coleção MAM Bahia: pinturas, no MAM/SP
1998 - São Paulo SP - O Colecionador, no MAM/SP
1998 - São Paulo SP - Traços e Formas, na Jo Slaviero Galeria de Arte
1999 - Rio de Janeiro RJ - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/RJ
1999 - São Paulo SP - A Figura Feminina no Acervo do MAB, no MAB/Faap
1999 - São Paulo SP - Década de 50 e seus Envolvimentos, na Jo Slaviero Galeria de Arte
2000 - São Paulo SP - A Figura Feminina no Acervo do MAB, no MAB/Faap
2000 - São Paulo SP - A Figura Humana na Coleção Itaú, no Itaú Cultural
2000 - São Paulo SP - Brasil + 500 Mostra do Redescobrimento, na Fundação Bienal
2000 - São Paulo SP - O Papel da Arte, na Galeria de Arte do Sesi
2001 - São Paulo SP - Museu de Arte Brasileira: 40 anos, no MAB/Faap
2002 - Niterói RJ - Diálogo, Antagonismo e Replicação na Coleção Sattamini, no MAC-Niterói
2002 - Rio de Janeiro RJ - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2002 - Rio de Janeiro RJ - Caminhos do Contemporâneo 1952-2002, no Paço Imperial
2002 - São Paulo SP - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2002 - São Paulo SP - Mapa do Agora: 50 anos da arte brasileira Coleção Sattamini, no Instituto Tomie Ohtake
2002 - São Paulo SP - Modernismo: da Semana de 22 à seção de arte de Sérgio Milliet, no CCSP
2003 - Brasília DF - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2003 - Rio de Janeiro RJ - Ordem x Liberdade, no MAM/RJ
2003 - Rio de Janeiro RJ - Samson Flexor : modulações, no Instituto Moreira Salles
2003 - São Paulo SP - Samson Flexor: modulações, na Galeria de Arte do Sesi
2004 - Niterói RJ - Modernidade Transitiva, no MAC/Niterói
2004 - São Paulo SP - Gabinete de Papel, no CCSP
2004 - São Paulo SP - Gesto e Expressão: o abstracionismo informal nas coleções JP Morgan Chase e MAM, no MAM/SP
2004 - São Paulo SP - O Preço da Sedução: do espartilho ao silicone, no Itaú Cultural
2004 - São Paulo SP - Sala do Acervo, na Ricardo Camargo Galeria
2004 - São Paulo SP - Tudo é Desenho, no CCSP
Fonte: Itaú Cultural