Henri Nicolas Vinet

Obras de arte disponíveis

No momento não possuimos obras de Henri Nicolas Vinet em nosso acervo.
Você possui uma obra deste artista e quer vender?
Clique aqui e envie sua obra para avaliação.
Leilão de Arte Online
Leilão de Arte Online

Biografia

Henri Nicolas Vinet (Paris, França 1817 - Niterói RJ 1876)

Pintor e desenhista.

São escassas as informações acerca do período em que reside na França. Aproxima-se dos artistas da École de Barbizon [Escola de Barbizon], os quais pintam paisagens distantes da tradição neoclássica, realizando estudos ao ar livre. Em 1841, participa do Salão de Paris, com o quadro Vista da Floresta de Fontainebleau em uma Manhã de Outubro. Expõe nesse salão até 1867, época em que já reside no Brasil. Segundo vários historiadores brasileiros, Vinet estuda pintura de paisagem com Jean-Baptiste Camile Corot (1791 - 1875). Não são conhecidas as circunstâncias que motivam sua viagem ao Brasil, em 1856, quando reside no Rio de Janeiro. Na década de 1860, realiza paisagens locais, dentre as quais se destacam vistas de Santa Teresa, Laranjeiras e praias de Niterói, e, em constantes excursões ao interior do Rio de Janeiro, pinta paisagens de Friburgo. Entre o fim da década de 1860 e início da seguinte leciona pintura em ateliê particular juntamente com Bauch (1828 - ca.1890). Participa de várias Exposições Gerais de Belas Artes da Academia Imperial de Belas Artes - Aiba, entre 1859 e 1876, e recebe medalhas de prata, em 1862, de ouro, em 1864, e o Hábito da Ordem da Rosa, em 1865. Muda-se para Niterói em 1872. Por seus estudos ao ar livre, é considerado um precursor do Grupo Grimm, formado em Niterói em meados da década de 1880.

Comentário crítico

O pintor Vinet vem ao Brasil em 1856, após ter estudado na França com o paisagista francês Jean-Baptiste Corot (1791 - 1875). No Rio de Janeiro, desenvolve uma considerável obra paisagística, representando os arredores da cidade, como nas telas Cena da Floresta da Tijuca, s.d., Paisagem dos Arredores do Rio, 1874 e Vista da Baía do Rio de Janeiro tomada da Praia de Icaraí em Niterói , 1872. O artista realiza inicialmente estudos ao ar livre, esboçando os pontos mais interessantes da paisagem. Nessas pinturas, com pinceladas soltas, registra a natureza de maneira objetiva, para, em seguida, reelaborar a composição em seu ateliê.

Vinet participa de diversas Exposições Gerais de Belas Artes, obtendo sucesso principalmente pelo estudo cuidadoso da natureza, a qual procura fixar em todos os detalhes. Em 1865, o imperador dom Pedro II (1825 - 1891) o agracia com o título de Cavaleiro da Imperial Ordem do Rosa. Por volta de 1866, Vinet funda com Bauch (1828 - ca.1890) um curso de pintura, que dura até 1872 e conta com muitos alunos.

Críticas

"Chega em 1856, conquistando grande sucesso com sua obra paisagística, em que vai registrando, com uma percepção muito sutil, a beleza natural dos mais variados recantos cariocas. Instala ateliê à Rua da Quitanda, onde teve muitos discípulos e começa a influir no gosto pela pintura de paisagem como um gênero autônomo (...). Apesar de sua autoridade como pintor paisagista, Vinet não foi aproveitado pela Academia como se esperava".
Quirino Campofiorito
CAMPOFIORITO, Quirino. História da pintura brasileira no século XIX. Rio de Janeiro: Pinakotheke, 1983.

"Em nenhuma artista como em Henri Nicolas Vinet a visão natural parece tão orientada pela observação do real, quando na verdade é resultante de um sentido de ordem que constrói logicamente o quadro. Vinet é autor de um desenho calculado, resolvido muito naturalmente na pintura, levando a pensar que a sensação do mundo comunicada é encontrada diretamente pelo pintor na natureza. Ele escolhe assuntos despojados de teatralidade e sentimentalismo. (...) Supera o princípio, que se havia mostrado extremamente confortável e duradouro na pintura, de oposição entre a visão sombreada dos bastidores e o olhar atraído pela luminosidade do fundo do quadro. O observador está diretamente relacionado ao lugar e parece habitar o quadro. (...) A impressão de solidez causada por sua paisagem, principalmente se comparada à fluidez atmosférica dos exemplos anteriormente citados, deriva dessa construção vertical da paisagem apoiada na terra, para a qual muitos adoram a noção de naturalismo ou realismo (noção tão precária em pintura). Deriva também da vocação para o mais nítido e para a limpidez cristalina da situação com a qual depara o pintor de gosto clássico".
Ana Maria Belluzzo
BELLUZZO, Ana Maria. O Brasil dos viajantes. São Paulo : Metalivros, 1994. V.3, p.138.

Exposições Coletivas

1841 - Paris (França) - Salão de Paris
1843 - Paris (França) - Salão de Paris
1845 - Paris (França) - Salão de Paris
1848 - Paris (França) - Salão de Paris
1849 - Paris (França) - Salão de Paris
1859 - Rio de Janeiro RJ - 13ª Exposição Geral de Belas Artes, na Aiba
1860 - Rio de Janeiro RJ - 14ª Exposição Geral de Belas Artes, na Aiba
1862 - Rio de Janeiro RJ - 15ª Exposição Geral de Belas Artes, na Aiba - medalha de prata
1864 - Rio de Janeiro RJ - 16ª Exposição Geral de Belas Artes, na Aiba - medalha de ouro
1865 - Rio de Janeiro RJ - 17ª Exposição Geral de Belas Artes, na Aiba - Hábito da Ordem da Rosa
1866 - Rio de Janeiro RJ - 18ª Exposição Geral de Belas Artes, na Aiba
1867 - Paris (França) - Salão de Paris
1867 - Rio de Janeiro RJ - 19ª Exposição Geral de Belas Artes, na Aiba
1868 - Rio de Janeiro RJ - 20ª Exposição Geral de Belas Artes, na Aiba
1870 - Rio de Janeiro RJ - 21ª Exposição Geral de Belas Artes, na Aiba
1872 - Rio de Janeiro RJ - 22ª Exposição Geral de Belas Artes, na Aiba
1875 - Rio de Janeiro RJ - 23ª Exposição Geral de Belas Artes, na Aiba

Exposições Póstumas

1876 - Rio de Janeiro RJ - 24ª Exposição Geral de Belas Artes, na Aiba 
1879 - Rio de Janeiro RJ - 25ª Exposição Geral de Belas Artes, na Aiba
1948 - Rio de Janeiro RJ - Retrospectiva da Pintura no Brasil, no MNBA
1953 - São Paulo SP - 2ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão dos Estados
1961 - Rio de Janeiro RJ - O Rio na Pintura Brasileira, na Biblioteca Estadual da Guanabara
1977 - Rio de Janeiro RJ - Aspectos da Paisagem Brasileira, 1816-1916, no MNBA
1980 - São Paulo SP - A Paisagem Brasileira: 1650-1976, no Paço das Artes
1987 - São Paulo SP - O Brasil Pintado por Mestres Nacionais e Estrangeiros: séculos XVIII - XX, no Masp
1989 - Fortaleza CE - Arte Brasileira dos Séculos XIX e XX nas Coleções Cearenses: pinturas e desenhos, no Espaço Cultural da Unifor
1989 - Rio de Janeiro RJ - O Rio de Janeiro de Machado de Assis, no CCBB
1990 - Rio de Janeiro RJ - Missão Artística Francesa e Pintores Viajantes: França-Brasil no Século XIX, na Fundação Casa França-Brasil 
1992 - Rio de Janeiro RJ - Natureza: quatro séculos de arte no Brasil, no CCBB
1993 - Rio de Janeiro RJ - Paisagens Brasileiras pelos Artistas Estrangeiros, na Galeria de Arte Sesc Tijuca
1994 - São Paulo SP - O Brasil dos Viajantes, no Masp
1997 - Belo Horizonte MG - Exposição de Inauguração, na Galeria Brasiliana da Escola de Belas Artes da UFMG
1998 - São Paulo SP - Brasil Século XX: Uma Exuberante Natureza, na Fundação Maria Luísa e Oscar Americano
1999 - Rio de  Janeiro RJ - O Brasil Redescoberto, no Paço Imperial
2000 - Porto Alegre RS - De Frans Post a Eliseu Visconti: acervo Museu Nacional de Belas Artes, no Margs
2000 - Rio de  Janeiro RJ - Visões do Rio na Coleção Geyer, no CCBB
2000 - São Paulo SP - Brasil + 500 Mostra do Redescobrimento, na Fundação Bienal
2000 - São Paulo SP - Coleção Brasiliana, na Pinacoteca do Estado
2001 - São Paulo SP - Trajetória da Luz na Arte Brasileira, no Itaú Cultural
2002 - São Paulo SP - Imagem e Identidade: um olhar sobre a história na coleção do Museu de Belas Artes, no Instituto Cultural Banco Santos

Fonte: Itaú Cultural