Carlos Martins (Araçatuba SP 1946)
Gravador, desenhista, museólogo, curador, professor.
Na década de 1960, muda-se para São Paulo. Forma-se em arquitetura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, em 1969. Três anos depois, estuda desenho e pintura na Escola Brasil:. Entre 1973 e 1977, viaja para a Europa e frequenta cursos de gravura em metal na Chelsea School of Art, na Sir John Cass School of Arts e na Slade School of Arts, na Inglaterra. Na Itália, em Urbino, frequenta a Academia Raffaelo. De volta ao Brasil, em 1978, participa do 1º Salão Nacional de Artes Plásticas, no Museu Nacional de Belas Artes - MNBA. Expõe na 2ª Bienal Iberoamericana, realizada pelo Instituto Cultural Domecq, no México, em 1980. Recebe, em 1982, o prêmio de melhor gravador pela Associação Paulista de Críticos de Arte - APCA. Em 1986, viaja para Nova York para estudar monotipia. Ao retornar ao Brasil, leciona gravura na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC/RJ e no Museu Histórico do Ingá, em Niterói, Rio de Janeiro. Em 1984, funda o Gabinete de Gravura do Museu Nacional de Belas Artes e, entre 1991 e 1995, dirige os Museus Castro Maya, no Rio de Janeiro. Ao lado de Valéria Piccoli, torna-se curador da Coleção Brasiliana de Jacques Kugel, em 1996. Adquirida pela fundação inglesa Rank-Packard, essa coleção vem para o Brasil, em regime de comodato, sob responsabilidade da Fundação Estudar, e, em 2002, é doada em caráter definitivo. Em 2006, com Valéria Piccoli e Eddy Stols, publica o livro O Diplomata e Desenhista Benjamin Mary e as Relações da Bélgica com o Império do Brasil.
Comentário crítico
Carlos Martins utiliza-se de procedimentos alegóricos que apontam para mudanças no caráter temático das gravuras. Com técnicas como água-forte, água-tinta, monotipia, cria espaços vazios, paisagens realizadas no Brasil e interiores melancólicos que se contrapõem às gravuras de temas sociais ou abstratas.
Em seus trabalhos, veem-se pequenas casas, pinheiros, rochas, que são desenhados tomando como base a figura de um triângulo, forma estável e estruturante da composição. Esse signo, elemento marcante em suas gravuras, é utilizado, muitas vezes, para compor alegorias que trazem como referência a literatura, como na série O Guarany, 1986, pautada na obra do escritor José de Alencar.
Os trabalhos de Martins revelam um tom intimista, pessoal, que chega a se confundir com fragmentos de memória ou com algo semelhante a um diário de viagem. O realismo de base fotográfica é rearticulado de modo a injetar no real um certo mistério. Em alguns trabalhos, os personagens são retratados em contraluz, fazendo com que suas identidades sejam conhecidas apenas por meio das sombras de seus corpos.
Em formatos pequenos, o artista opera a partir da sugestão, por indícios que possibilitam ao observador elaborar narrativas diversas. São fragmentos que, pela singularidade da repetição, retêm parte de uma experiência particular do artista.
Críticas
"Em 1985, Frederico Morais definiu com acerto o resultado dessa disposição: 'Carlos Martins sabe descobrir, em cada objeto, sua estrutura formal, mas também o que ele tem de revelador em termos de memória, de solidão, de silenciosa comunicação entre sujeito e objeto. Não há frieza em suas gravuras: há controle que não exclui a emoção'. De fato, toda a precisa aparição de imagens no trabalho de Carlos Martins se alia a uma impregnação da atmosfera por vibrações sutis, suspensões do tempo no silêncio largo, afirmação de presenças inconsúteis, passagens subterrâneas entre o visível e o invisível, magias do real estranhamente cristalizado. A estranheza de estar diante do espalho. Há um lado constante de diário nessas gravuras, música de câmara para a qual geralmente se dispensa o ruído da cor. Diário de viagens ou de paradas paisagens guardadas na terna geleira da memória, quartos por onde se esteve com o olhar atento, querendo retê-los para sempre nas suas tramas de geometria fantasmática, objetos assentados numa mesa definitivamente esvaziada, quadros que prenderam contornos depois de vistos nas paredes de museus. Visitas, enfim, entre o visitado e o visitante, como se um e outro, numa relação especular, não pudessem mais distinguir-se".
Roberto Pontual
MARTINS, Carlos. Gravuras. Apresentação Roberto Pontual. Rio de Janeiro : Escola de Artes Visuais do Parque Lage, 1992. folha dobrada il. p. b.
Depoimentos
"Obviamente, a gente não se liberta de si próprio. A arquitetura que eu estudei está presente no meu ofício de artista plástico: formalmente em alguns trabalhos e apenas de forma referencial em outros. Aparece como assunto ou através da perspectiva, vem diretamente do tipo de formação. [...]
O ideal de classicismo está muito presente em minha obra. Mas há uma brincadeira subjacente em tudo isso. A imagem que passo ao espectador é de um culto ao rigor canônico, mas o que vai por trás é justamente o questionamento deste rigor. [...]
Faço questão de, ao lado do conhecimento técnico, artesanal, instrumental, mostrar aos meus alunos a importância da história, do questionamento da própria imagem, do fortalecimento de um acervo interno que permita, constantemente, o crescimento da expressão artística".
Carlos Martins a Susana S. Espindola - 11 de agosto de 1983
"Nas imagens que escolho tem sempre elementos de arquitetura, sem dúvida. Mas não sei por que escolhi a gravura. Eu já fazia aquarela e desenho. Na Inglaterra, para onde fui fazer o mestrado em arquitetura, só por curiosidade iniciei um curso de gravura. Lembro que, no começo, eu queria anular o passado de arquiteto nas imagens e não conseguia. Aquilo vinha tão naturalmente. . . Conversando com um professor da John Cass School of Arts, ele me disse: 'Mas é isso mesmo. Se você escolheu a arquitetura como profissão é porque tem uma ligação mais profunda com ela. Em vez de negar isso, deve encarar para ver o que resulta'. E daí para a frente não resisti mais a essa influência da arquitetura no meu trabalho. [...]
É a gravura que me comanda, sem dúvida. Eu costumo dizer que gravura fica pronta quando ela quer, não quando eu quero. Eu não mando nada. Eu só vou fazendo. [...] De golpe não sai nada. Eu parto de uns esbocinhos minúsculos, apago muito. Raspo a matriz, refaço coisas em cima, mudo a imagem. É no processo de execução que a imagem vai amadurecendo. Eu chego, às vezes, a tirar vinte provas de estado de uma única gravura. Quando ela chega a um ponto em que acho a imagem resolvida, deixo de lado. Depois de uns dias, olho de novo. Aí ela me diz se está pronta ou não. E isso leva um tempo muito longo. [...]
Uma primeira leitura do meu trabalho tem mesmo esse aspecto de precisão técnica que está muito ligada à razão. E é isso mesmo. Mas, há uma segunda leitura, esse racional cede lugar ao material de memória, às emoções, àquela coisa de Proust... Certa vez, eu estava polindo uma chapa de metal para gravar e uma aluna me observou e falou assim: 'Ih! lá está o Carlos preparando outro espelhinho dele'. Acho essa observação perfeita. A chapa estava tão polida que espelhava, mas também pode ser entendido como a percepção de que o trabalho do artista é o seu espelho, a revelação de suas vivências. [...]
Arte contemporânea é o que se faz hoje e que tem uma substância, uma estrutura. Porque modismo é moderno mas não é contemporâneo. Além disso, não creio que tenha uma visão plástica renascentista, porque utilizo duas técnicas que nem sequer tinham sido inventadas naquela época: a maneira-negra, que surgiu no século XVII, e a água-tinta que é de fim do século XVIII".
Carlos Martins - agosto de 1983
Exposições Individuais
1977 - Londres (Inglaterra) - Individual, na Jordan Gallery
1977 - Paris (França) - Individual, no Galerie André Biren
1978 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Luisa Strina
1980 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Gravura Brasileira
1980 - São Carlos SP - Individual, na UFSCar
1981 - Londres (Inglaterra) - Individual, na Jordan Gallery
1981 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Luisa Strina
1981 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Gravura Brasileira
1983 - Porto Alegre RS - Individual, na Cambona Centro de Arte
1984 - Washington (Estados Unidos) - Individual, no Brazilian-American Cultural Institute
1984 - Resende RJ - Individual, no MAM/Resende
1984 - Vitória ES - Individual, na Galeria de Arte e Pesquisa da Ufes
1984 - Illinois (Estados Unidos) - Individual, no Krannert Museum of Art
1984 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria ArteEspaço
1984 - Ottawa (Canadá) - Individual, na Biblioteca Nacional do Canadá
1984 - Quebec (Canadá) - Individual, no Instituto Canadense
1984 - Quebec (Canadá) - Individual, no Recreation Centre
1985 - Toronto (Canadá) - Individual, no First Canadian Place
1985 - Londres (Inglaterra) - Individual, na Brazilian Center Gallery
1985 - Barcelona (Espanha) - Individual, no Centro de Estudios Brasileños
1985 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Luisa Strina
1986 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria ArteEspaço
1986 - Brasília DF - Individual, na Galeria Espaço Capital
1986 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Luisa Strina
1986 - Porto Alegre RS - Individual, no Cambona Centro de Arte
1988 - Hannover (Alemanha) - Individual, no Sprengel Museum
1988 - Ouro Preto MG - Individual, no Museu da Inconfidência
1988 - Juiz de Fora MG - Individual, na Galeria da UFJF
1988 - British Columbia (Canadá) - Individual, no Malaspina College
1988 - Alberta (Canadá) - Individual, no Medicine Hat e no Multi-Cultural
1989 - British Columbia (Canadá) - Individual, no Hazelton
1989 - Fort Smith (Canadá) - Individual, no Northern Life Museum & National Exhibition Centre
1989 - Manitoba (Canadá) - Individual, na University of Winnipeg
1991 - Lisboa (Portugal) - Individual, na Galeria Diferença
1992 - Rio de Janeiro RJ - Trajetória de 15 Anos do Artista, na EAV/Parque Lage
1992 - Cidade de Praia (Cabo Verde) - Individual, no Centro de Estudos Brasileiros
1992 - Rio de Janeiro RJ - Percurso do Artista, na Sala Imagem Gráfica, na EAV/Parque Lage e na Sala Candido Portinari/UERJ
1995 - Lisboa (Portugal) - Individual, na Galeria The British Council
1995 - Pelotas RS - Individual, no Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo
1996 - Porto (Portugal) - Individual, na Galeria Degrau Arte
1996 - Rio de Janeiro RJ - Exposição e Cenários para o Concerto Comemorativo do Centenário de Carlos Gomes, no Teatro Municipal
1996 - Buenos Aires (Argentina) - Individual, na Fundación Centro de Estudios Brasileños
1998 - Rio de Janeiro RJ - Os Amigos da Gravura, no Museu Chácara do Céu
1999 - Rio de Janeiro RJ - Mostra Rio Gravura: Carlos Martins, no Espaço Cultural dos Correios
Exposições Coletivas
1974 - Lisboa (Portugal) - 8 Artistas Brasileiros, na Galeria de Arte Grafil
1976 - Londres (Inglaterra) - East London Open Exhibition, na Whitechapel Art Gallery
1976 - Londres (Inglaterra) - Summer Exhibition, na Royal Academy of Arts
1976 - Nuremberg (Alemanha) - Graphics in Kleinformat, na Albert Durer Gesellschaft
1976 - São Paulo SP - 7º Salão Paulista de Arte Contemporânea, no Paço das Artes - prêmio aquisição
1977 - Londres (Inglaterra) - 3 Novos Gravadores, na Everyman Foyer Gallery
1977 - Londres (Inglaterra) - Summer Exhibition, na Royal Academy of Arts
1977 - Londres (Inglaterra) - The London Group, na Camden Arts Centre
1977 - Nova York (Estados Unidos) - International Miniature Print Competition, na Pratt Graphics Center
1978 - Curitiba PR - 1ª Mostra Anual de Gravura Cidade de Curitiba - premiado
1978 - Londres (Inglaterra) - Summer Exhibition, na Royal Academy of Arts
1978 - Niterói RJ - 1º Ano de Oficina, no Museu do Ingá
1978 - Rio de Janeiro RJ - 1º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MNBA
1978 - Rio de Janeiro RJ - 2º Salão Carioca de Arte - 2º prêmio gravura
1978 - São Paulo SP - Gravuras em Metal, na Galeria Luisa Strina
1979 - Buenos Aires (Argentina) - 1ª Trienal Latino-Americana de Gravura
1979 - Mendonza (Argentina) - 27 Gravadores Brasileiros, no Museo de Arte Moderno
1979 - Rio de Janeiro RJ - 3º Salão Carioca de Arte - menção especial do júri
1979 - San Juan (Porto Rico) - Bienal de San Juan del Grabado latino-americano y del Caribe - artista convidado
1980 - Cidade do México (México) - 2ª Bienal Iberoamericana de Arte, no Instituto Cultural Domecq - prêmio aquisição
1980 - Curitiba PR - 3ª Mostra Anual de Gravura Cidade de Curitiba
1980 - Londres (Inglaterra) - 3rd World Art Exhibition, no British Library
1980 - Maryland (Estados Unidos) - Twelve Brazilian Printmakers, no Patners of the Americas
1980 - Rio de Janeiro RJ - 6º O Rosto e a Obra, na Galeria Ibeu
1981 - Buenos Aires (Argentina) - Arte e Arquitetura, na Galeria Zurbaran
1981 - Liubliana (Iugoslávia - atual Eslovênia) - 14ª Bienal Internacionala de Gravura
1981 - Piracicaba SP - 14º Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba, na Casa das Artes Plásticas
1981 - Rio de Janeiro RJ - 4º Salão Nacional de Artes Plásticas
1981 - Rio de Janeiro RJ - Panorama da Arte Brasileira - Coleção Gilberto Chateaubriand, no MAM/RJ
1982 - Bradfort (Inglaterra) - 7th British International Print Biennale
1982 - Cali (Colômbia) - 12 Artistas Gráficos, no Museo de Arte Moderno La Tertulia
1982 - Kioto (Japão) - International Impact Art Festival 82
1982 - México - Gráficos do Brasil, no Foro de Arte Contemporânea
1982 - Rio de Janeiro RJ - A Casa, na Galeria Gravura Brasileira
1982 - São Carlos SP - 1º Salão de Artes - sala especial, no Senac
1983 - Liubliana (Iugoslávia - atual Eslovênia) - 15ª Bienal Internacional de Gravura
1983 - Montevidéu (Uruguai) - 1ª Bienal de Gravura
1983 - Niterói RJ - 6 Artistas e o Pequeno Formato, na Galeria da UFF
1983 - San Juan (Porto Rico) - Bienal de San Juan del Grabado latino-americano y del Caribe - convidado
1984 - Bogotá (Colômbia) - A Gravura Brasileira Contemporânea
1984 - Brasília DF - Coletiva, na Galeria Paulo Figueiredo
1984 - Filadélfia (Estados Unidos) - 60ª Exposição Internacional, no The Print Club
1984 - Rio de Janeiro RJ - Pau, Pedra, Fibra e Metal, na EAV/Parque Lage
1984 - São Paulo SP - 15º Panorama da Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1984 - São Paulo SP - Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1984 - Vitória ES - Gravuras em Metal, na Galeria de Arte e Pesquisa da Ufes
1985 - Liubliana (Iugoslávia - atual Eslovênia) - 7ª Bienal Internacional de Gravura
1985 - Rio de Janeiro RJ - D'Après, na Galeria da UFF
1985 - Rio de Janeiro RJ - Encontros. Homenagem a Maria Leontina, na Petite Galerie
1985 - São Paulo SP - 18ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1986 - Cali (Colômbia) - 1ª Bienal de Gravura de Cali
1986 - Cali (Colômbia) - 5ª Bienal Americana de Artes Gráficas
1986 - Ottawa (Canadá) - Gravura Brasileira Contemporânea, na Galerie Front
1986 - Rio de Janeiro RJ - 1ª Mostra do Livro de Arte Brasileira, na Galeria Villa Riso
1986 - San Juan (Porto Rico) - 7ª Bienal de San Juan del Grabado latino-americano y del Caribe
1986 - São Paulo SP - 12 anos de trabalho conjunto, na Galeria Luisa Strina
1987 - Califórnia (Estados Unidos) - Open Studio. Contemporary Brasilian Art, na Barbara Lorimer Fine Arts
1987 - Rio de Janeiro RJ - 10+10, no Solar Grandjean de Montigny
1987 - Rio de Janeiro RJ - Ao Colecionador: homenagem a Gilberto Chateaubriand , no MAM/RJ
1987 - São Paulo SP - 18º Panorama da Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1988 - Curitiba PR - 8ª Mostra de Gravura Cidade de Curitiba
1988 - Montevidéu (Uruguai) - 1º Encontro Internacional del Grabado, no Club del Grabado
1989 - Rio de Janeiro RJ - Gravura Brasileira: quatro temas, na EAV/Parque Lage
1990 - Cidade do México (México) - Gravura Brasileira, no Museo del Grabado
1990 - São Paulo SP - Armadilhas Indígenas, no Masp
1990 - São Paulo SP - Panorama da Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1991 - Santiago (Chile) - Gravura Brasileira, no Museo Nacional de Bellas Artes
1991 - São Paulo SP - A Mata, no MAC/USP
1992 - Curitiba PR - 10ª Mostra da Gravura Cidade de Curitiba/Mostra América, no Museu da Gravura
1992 - Rio de Janeiro RJ - Gravura Brasileira: proposta para um mapeamento, na CCBB
1992 - Zurique (Suíça) - Brasilien, na Kunsthaus de Zurique
1993 - Rio de Janeiro RJ - Coleção Gilberto Chateaubriand, no MAM/RJ
1994 - Beijing (China) - Contemporary Art in Brazil - Works on Paper, no The Yaw Huang Art Museum
1994 - Cidade do México (México) - 9ª Bienal Ibero-Americana de Arte, no Instituto Cultural Domecq
1994 - Rio de Janeiro RJ - Poética da Resistência: aspectos da gravura brasileira, no MAM/RJ
1994 - São Paulo SP - 20 Anos de Arte Brasileira, no Masp
1994 - São Paulo SP - Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal
1996 - Rio de Janeiro RJ - Fachadas Imaginárias. Arte nos Arcos da Lapa
1998 - São Paulo SP - Os Colecionadores - Guita e José Mindlin. Matrizes e Gravuras, na Galeria de Arte do Sesi
1999 - Rio de Janeiro RJ - Mostra Rio Gravura. Gravura Moderna Brasileira: acervo Museu Nacional de Belas Artes, no MNBA
1999 - Rio de Janeiro RJ - Mostra Rio Gravura. Trajetória: 46 Anos de Ensino de Gravura, na EAV/Parque Lage
2000 - São Paulo SP - Investigações. A Gravura Brasileira, no Itaú Cultural
2000 - São Paulo SP - Obra Nova, no MAC/USP
2001 - Brasília DF - Investigações. A Gravura Brasileira, na Galeria Itaú Cultural
2001 - Penápolis SP - Investigações. A Gravura Brasileira, na Galeria Itaú Cultural
2001 - São Paulo SP - Trajetória da Luz na Arte Brasileira, no Itaú Cultural
2003 - Rio de Janeiro RJ - Projeto Brazilianart, na Almacén Galeria de Arte
Fonte: Itaú Cultural