Mira Schendel
Após uma retrospectiva histórica na Tate Modern em Londres, Mira Schendel se consolida em 2014 como um dos nomes nacionais mais importantes da arte no século XX. Artista essencial em coleções publicas e privadas de arte contemporânea brasileira, Schendel ocupa um espaço singular na historia da arte. Sua obra transita entre o campo filosófico e pictórico através da criação de uma nova linguagem visual. Apesar de ter convivido com artistas concretos e neoconcretos, Schendel optou por seguir um caminho próprio e não se alinhar a qualquer movimento artístico nacional, dessa forma, sua pesquisa apresenta questões conceituais e estéticas relacionadas sobretudo ao universo do homem e seus mistérios. Nascida na Europa e educada aos moldes daquela sociedade, seu trabalho tem uma carga espiritual e filosófica ligada diretamente à sua experiência pessoal como imigrante e refugiada da guerra, porem ao mesmo tempo refletindo suas novas experiências no cotidiano brasileiro.
Duas das series mais conhecidas da artista são as Monotipias e os Toquinhos. Em ambas, a fragilidade do material e a delicadeza dos desenhos apontam para a instabilidade da natureza humana; os signos, linhas e a caligrafia na superfície das obras, sempre em tons de cores neutras, propõem uma busca pela transparência tanto no plano físico quanto teórico, de forma a revelar pouco ao publico e consequentemente instiga-lo a ver através do trabalho, alcançar o invisível.
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