Win Van Dijk (Westmass, Holanda 1915 - Petrópolis RJ 1990)
Pintor e desenhista.
Willem Leendert van Dijk estudou arte e teologia em Leiden (Holanda), na Academia de Belas Artes e Universidade de Leiden. Em 1935, ganha viagem ao exterior, conhecendo a França, Itália e Grécia. Com a Segunda Guerra Mundial, alista-se na resistência aos nazistas, perdendo as duas pernas na frente de batalha. Em 1947, nomeado 1º Adido Cultural pela Rainha Guilhermina, viaja para o Brasil, fixando residência no Rio de Janeiro. Em 1948, é lançada a sua biografia L'Homme, Le Peintre, L'Oeuvre, de Carlos Torres Pastorino. Em 1960, publica o livro de poemas Convite à Exposição. Em 1971, é nomeado membro da Academia Metropolitana de Letras. Em 1947, realiza sua primeira exposição individual, na Associação Brasileira de Imprensa, no Rio de Janeiro. Em 1951, ganha medalha de ouro no Salão dos Artistas Nacionais e, em 1952, medalha de prata no Salão dos Artistas Brasileiros. Realiza exposições nos Estados Unidos, Alemanha, Holanda, França, Dinamarca, Argentina e Japão. Em 1966, a Harwick Collection (Estados Unidos) adquire para o seu acervo a tela Jangadeiros em ação. Em 1968, o governador do estado do Rio de Janeiro, Geremias Fontes, oferece ao Presidente Costa e Silva o quadro Rio Piabanha - Petrópolis e a tela Petrópolis em Flor à rainha Elisabeth II, em visita oficial ao Brasil. Em 1971, torna-se membro da Academia Petropolitana de Letras.
Acervos
Harwick Collection - Estados Unidos
Hermitage Museum - São Petersburgo (Rússia)
Críticas
"Van Dijk é clássico na escolha de seus temas, quando usa a Bíblia como inspiradora. Dentro da arte clássica é idealista, como os gregos o foram. É acadêmico quando segue as normas acadêmicas, quando faz a composição equilibrada dos modelos usados. Dentro do academismo vamos incluir o Renascimento, que foi o seu inspirador. E nesse caso, não temos medo de ombrear Van Dijk aos grandes mestres do Renascimento, na utilização das três grandes características da pintura dessa época, pois Van Dijk sabe, como eles souberam, por primeira vez, usar a perspectiva, o claro-escuro e, sobretudo, a anatomia. É romântico, segundo Raul Pedroza, por todo o lirismo que consegue acrescentar aos assuntos mais bucólicos que utiliza. É realista nos temas, na pobreza trazida para a tela, nas paisagens rurais que nada escondem do real, nas fisionomias cansadas de seus pescadores. Chega quase a ser impressionista nas marinhas brasileiras, onde joga com as cores, como os impressionistas faziam, e nas paisagens brancas da neve da sua Holanda".
José Maria Carneiro
CARNEIRO, José Maria. Win Van Dijk. Rio de Janeiro: RBM Editora, 1990.
Depoimentos
"Sim, valeu... valeu a pena ser Pintor, desde que a pintura tenha sido um instrumento a serviço de Deus e da Humanidade. Quando a Arte é saudável, quando nós não damos à Humanidade mais problemas dos que ela já tem, quando nós, através do nosso trabalho, também podemos ajudar pessoas e instituições de caridade, quando nós, através do dom que recebemos, podemos dar alegria àqueles que observam e vibram com os nossos quadros, valeu, valeu a pena... É uma vocação, mas também uma grande responsabilidade ser pintor. É por isso que eu assino e escrevo, no verso de todas as minhas telas, que foram 'feitas com a ajuda de Deus' ".
Win Van Dijk
CARNEIRO, José Maria. Win Van Dijk. Rio de Janeiro: RBM Editora, 1990.
Exposições Individuais
1947 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na ABI
1948 - São Paulo SP - Individual, no Esplanada Hotel
1948 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Palace Hotel
1948 - Buenos Aires (Argentina) - Individual
1948 - Rosário (Argentina) - Individual
1956 - New Jersey (Estados Unidos) - Individual, no Macculloch Hall
1957 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Louvre
1959 - Rio de Janeiro RJ - Motivos de Petrópolis, no MNBA
1960 - Rio de Janeiro RJ - A Holanda canta o Brasil, no MNBA
1964 - Copenhagen (Dinamarca) - Individual, no Museu de Copenhagen
1968 - Fort Lauderdale (Estados Unidos) - Individual, na Schrarmm Galleries
1969 - Tóquio (Japão) - Individual, no Museu Nacional de Tóquio
1969 - Nova York (Estados Unidos) - Individual, na Mary Antoville Gallery
1969 - Washington (Estados Unidos) - Individual, na Van Doorn's Gallery
1969 - Los Angeles (Estados Unidos) - Individual, na The Master's Gallery
1970 - San Antonio (Estados Unidos) - Individual, na Glasser's Art Gallery
1972 - San Antonio (Estados Unidos) - Individual, na Glasser's Art Gallery
1974 - Hartford (Estados Unidos) - Individual
1975 - São Paulo SP - Individual, na Galeria de Arte Centro América
1976 - Ettlingen (Alemanha) - Individual, nos salões do Castelo de Ettlingen
1978 - Düsseldorf (Alemanha) - Individual, no Kunst Museum
1978 - Baden-Baden (Alemanha) - Individual, no Europäischer Kulturkreis
1979 - Bonn (Alemanha) - Individual, no La Redoute
1980 - Bonn (Alemanha) - Individual
1985 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Way Galeria de Arte
1986 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Way Galeria de Arte
1987 - Petrópolis RJ - Individual, no Hotel Casablanca
1988 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Way Galeria de Arte
1989 - Rio de Janeiro RJ - Retrospectiva, na Way Galeria de Arte
Exposições Coletivas
1936 - Rotterdã (Holanda) - Coletiva, na Galeria De Schakel
1938 - Paris (França) - Coletiva, na Galeria Royale
1938 - Paris (França) - Salon des Independants
1938 - Rotterdã (Holanda) - Coletiva, no Museu Boymans
1948 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes
1949 - Salvador BA - Salão Baiano de Belas Artes
1949 - São Paulo SP - 15º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1951 - Salão dos Artistas Nacionais - medalha de ouro
1952 - Nova Friburgo RJ - Salão dos Artistas Fluminenses - medalha de ouro
1952 - Salão dos Artistas Brasileiros - medalha de prata
1952 - São Paulo SP - 17º Salão Paulista de Belas Artes, nos Salões do Trianon
1960 - Niterói RJ - 26º Salão Fluminense de Artes Plásticas
1963 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - medalha de bronze
1965 - Rio de Janeiro RJ - Exposição Comemorativa do IV Centenário, na Associação Brasileira de Imprensa, ABI - medalha de ouro
1966 - Rio de Janeiro RJ - Salão 4º Centenário do Rio de Janeiro - grande medalha de ouro
1966 - Rio de Janeiro RJ - Salão da Academia Brasileira de Belas Artes - Medalha de Ouro Victor Meirelles
1969 - Petropólis RJ - Salão Petropolitano de Pintura Júlio Koeler
1980 - Petrópolis RJ - 1º Encontro Nacional de Aquarelistas, no Palácio de Cristal - prêmio especial
1984 - Petrópolis RJ - 4ª Semana Petropolitana de Cultura e Turismo, no Santapaula Quitandinha Clube
1984 - Petropólis RJ - Petropólis - Sensibilidade e Imagem
1987 - Rio de Janeiro RJ - 1ª Mostra de Arte Brasil-Holanda, na ABL
Exposições Póstumas
1993 - Rio de Janeiro RJ - Paisagens Brasileiras pelos Artistas Estrangeiros, na Galeria de Arte Sesc Tijuca
Fonte: Itaú Cultural