Tuca Reinés

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Biografia

Tuca Reinés (São Paulo SP 1956)

Fotógrafo.

José Antônio Reinés iniciou sua trajetória profissional em 1975, quando adquire uma câmara Pentax 4x5. Em 1979 é premiado em concurso no Encontro Fotográfico de Campos do Jordão, interior de São Paulo. Gradua-se em arquitetura e urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Santos - FAU/Santos, em 1981. Desde 1982 realiza fotografias de moda e decoração de interiores para as revistas Vogue e Casa Vogue. Em 1983 é premiado na 1ª Bienal Internacional de Fotografia e também finalista do Prêmio Eugène Atget, em Paris, com fotografias autorais. Conquista o Prêmio Classic, para livro de arte, com Brasília 2000, em 1991. No ano seguinte suas fotografias integram o livro The Worlds Best Advertising Photography, publicado em Londres. Cria, com Vicente de Mello (1967), Rochelle Costi (1961), Romulo Fialdini (1947) e João Luiz Musa (1951), o Clube de Colecionadores de Fotografia do Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM/SP em 2000. Desde 2002 é jurado do concurso Deca de Arquitetura. Publica vários livros, entre eles, Grande Hotel São Pedro, 1995; O Azulejo na Arquitetura Civil de Pernambuco - Século XlX, 2003; e Hotel Book Great Escapes South América, 2004. É diretor do Tuca Reinés Estúdio Fotográfico, em São Paulo, especializado em fotografias de arquitetura de interiores, moda e publicidade.

Comentário Crítico

Tuca Reinés formado em arquitetura e urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Santos - FAU/Santos nunca exerce a profissão de arquiteto, optando pela fotografia. No entanto, mantém-se fiel a sua área de interesse, e trabalha preferencialmente com a fotografia de arquitetura e decoração, domínios em que conquista considerável reputação a partir da década de 1990. Suas composições baseiam-se no conceito de fotografia direta (straight photography), uma vez que o fotógrafo não manipula a imagem. Reinés fotografa paisagens urbanas de cidades como São Paulo, Nova York e Paris, entre outras, privilegiando elementos arquitetônicos, como escadas e fachadas, vistos nas imagens Paris e Versailles, ambas de 1991, e Paris, 1995. Em suas obras explora os grafismos resultantes das linhas das formas ou do ambiente que fotografa. Trabalha a simetria, o espelhamento e fortes contrastes de luz e sombra.

Críticas

"Tuca Reinés é arquiteto e, como pregava Le Corbusier, sua arquitetura é feita de volumes sob a luz. Mas não de concreto. Tuca organiza espaços, linhas, luz e sombras sobre o papel. Caminhando pelas ruas de Paris, São Paulo ou Nova York, armado de sua câmera e de um aguçado senso de observação, ele vai tirando imagens novas de paisagens corriqueiras. Explorando os limites bidimensionais do visor de sua máquina, cria desenhos absolutamente gráficos através da simetria de seus enquadramentos. São imagens quase abstratas não fosse o racionalismo arquitetônico que as rege. Fachadas, escadas, colunas e telhados são o repertório formal de Tuca Reinés. São as ferramentas utilizadas pelo fotógrafo para compor o seu universo. O homem aparece aqui e ali apenas para dar a escala humana. São composições duras e gráficas, mas nunca frias. Porque nascem daquela rara emoção estética que transforma momentos cotidianos em imagens fotográficas".
João Carrascosa
Editor-chefe revista Casa Vogue - Texto para o portfolio

"Por que Tuca Reinés é o melhor fotógrafo do ano em São Paulo? Porque ele não se limitou a registrar as maravilhas que Sig Bergamin criou, mas foi muito (muito) além, fazendo suas próprias e extraordinárias fotografias, que são algo à parte do livro, complementando-o. Considerando-se que a fotografia se nutre da luz, sem a qual nada de criativo se faz, Tuca Reinés é, sem exagero, mestre no assunto".
Olney Krüse
KRÜSE, Olney. Tuca Reinés é o fotógrafo do ano. In: Shopping News, dezembro de 1977.

Depoimentos

"Como sou arquiteto de formação, e apaixonado pela arquitetura e seus espaços, logo tomei o rumo de retratá-los. Por isso minhas imagens são sempre cartesianas, pois enquadro tudo o que está pela mira da lente que estou usando.
Gosto do formato 6x7 e uso um equipamento simples e funcional: 1 tripé, 1 câmera e 4 lentes para tudo: nas caminhadas pelo urbanismo e para a publicidade em um living".
Tuca Reinés

Exposições Individuais

1980 - São Paulo SP - Bahia, na Galeria ASA 1000
1991 - Havana (Cuba ) - Brasília 2000, nos Jogos Panamericanos de Cuba
1992 - Barcelona (Espanha) - Brasília 2000, nos Jogos Olímpicos/92
1995 - São Paulo SP - Individual, no Esther Giobbi Espaço de Arte e Interiores
1995 - São Paulo SP - Vistas, na Li Photogallery
1996 - São Paulo SP - Individual, na Galeria São Paulo
2000 - São Paulo SP - Locação, na Galeria Paul Mitchel

Exposições Coletivas

1983 - São Paulo SP - 1ª Bienal Internacional de Fotografia - terceiro lugar
1984 - São Paulo SP - O Que São Paulo Perdeu, na Fundação Bienal
1984 - São Paulo SP - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal
1985 - Santos SP - Coletiva, no Instituto dos Arquitetos de Santos
1985 - São Paulo SP - Coletiva, na Galeria Mix Bill
1985 - São Paulo SP - Fuji Film do Brasil, na Galeria Fuji
1990 - São Paulo SP - Sedução, no MIS/SP
1993 - São Paulo SP - Banquetes Diet, na Galeria Collector´s
1994 - São Paulo SP - The Night Is Black and White, no Bar Lanterna
1995 - São Paulo SP - Modo de Vida, Jornal da Tarde, Cha Cha Cha
1998 - São Paulo SP - 8ª Coleção Pirelli/Masp de Fotografias, no Masp
2000 - São Paulo SP - A Fotografia no Espelho, no Espaço MAM-Villa-Lobos
2000 - São Paulo SP - Ars Erótica: sexo e erotismo na arte brasileira, no MAM/SP
2002 - São Paulo SP - Fotografias no Acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo, no MAM/SP
2004 - Porto Alegre RS - Olho Vivo: a arte da fotografia, no Santander Cultural
2004 - Rio de Janeiro RJ - Tudo é Brasil, no Paço Imperial
2006 - São Paulo SP - A Imagem do Som de Dorival Caymmi, no Museu Afro-Brasil
2006 - São Paulo SP - Veracidade, no MAM/SP

Fonte: Itaú Cultural