Rui é um dos precursores do grafite, artista plástico que hoje é docente no Senac Lapa Scipião e mantém o site www.artbr.com.br. Artista plástico multimídia, ativista cultural, 48 anos, paulista. Suas obras tem um dos maiores murais na cidade de São Paulo atualmente. Trabalha com desenho animado, pintura, webart, instalações. Já expôs na Pinacoteca do Estado, MAC, MIS, Funarte, MASP e Paço das Artes. Formado pela FAAP em artes plásticas, fez parte de uma época denominada geração 80, considerada um dos maiores expoentes do graffiti brasileiro, que começava a invadir Bienais, museus importantes e galerias. Formou um dos grupos que mais agitou o circuito artístico paulista, o Tupynãodá, cujos integrantes foram os primeiros a grafitar à luz do dia. Sofreu perseguições da polícia, chegando a ser preso várias vezes e processado criminalmente pela prefeitura de São Paulo. Atualmente tem se dedicado ao Bicudo seu personagem criado no grafite que virou o primeiro “Toy Art” do Brasil feito em vinil. Tem uma produtora multimídia, a Artbr, pioneira em conteúdo para banda larga no país, coordena projetos de arte e educação voltados à valorização da cidadania junto a comunidades carentes. No Brasil, começou no bairro de Pinheiros, zona Oeste da cidade de São Paulo. Nessa época, no exterior, as galerias começaram a abrir suas portas aos novos artistas. Rui entende que com isto se formou um grupo jovem no Brasil. Para ele, uma patota que excluía todo o resto. Lá não tinha espaço pra mim, recorri a essa arte nova, que ninguém conhecia, entendia. Rui do Amaral: - Fui para a rua por ser mais democrático e por dar mais visibilidade ao meu trabalho. Uma das maiores contribuições do graffiti é deixar a cidade mais bonita, é uma arte pra todo mundo. A arte transforma a vida, o graffiti também. Ele é mais vibrante, faz pulsar a cidade. É uma ferramenta muito poderosa a qual poucos se dão conta do poder que tem. Oficializado em São Paulo por meio da Lei 13903/2004, o Dia do Graffiti é uma homenagem ao artista Alex Vallauri, morto no dia 27 de março de 1987. E Rui foi homenageado por ter sido um dos precursores da atividade artística hoje tão difundida: O graffiti. I BIAR - I Bienal Internacional de Arte de Rua de São Paulo A I Bienal internacional de Arte de Rua, que será realizada em São Paulo , - cidade tida como referência internacional em publicações e exposições especializadas no tema -, nasce para promover um movimento que vem se desenvolvendo a cada dia - a Arte de Rua, ou StreetArt . Sob a coordenação de Rui Amaral, um grupo de 8 artistas, pioneiros da Arte de Rua no Brasil, formam a curadoria que desenha a I BIAR, prevista para acontecer no final de 2010 e irá apresentar o diverso panorama desta manifestação no Brasil e no mundo. Será desenvolvido um circuito de intervenções públicas na cidade, e no MAC (Museu de Arte Contemporânea, Ibirapuera) haverá uma série de atividades internas, como exposições, registros, mostras de vídeo, debates e oficinas. A degradação ambiental urbana incomoda, políticas públicas como Cidade Limpa , têm um importante papel no desenvolvimento urbano e a I Bienal Internacional de Arte de Rua de São Paulo , vem a ser uma ótima oportunidade para sensibilizar sobre a importância da preservação ambiental nas cidades. A proposta visa à compreensão da arte de rua como um fenômeno mundial. O registro histórico das intervenções e a abertura para o diálogo e aprendizagem colocarão no mesmo espaço artistas, governo e a população possibilitando a reflexão, o aprendizado e a valorização artística , permitindo ao indivíduo a participação na formação de sua história de maneira consciente e reflexiva.
Rui do Amaral
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