Duílio Galli (São Carlos SP 1930)
Gravador e escultor.
Entre 1966 e 1970, Duílio Juliel Galli recebe influências de Rubem Ruy, Cássio M'Boy e Tarsila do Amaral (1886 - 1973) e realiza a sua primeira exposição individual na Galeria KLM (1967), São Paulo. Participa do Salão Paulista de Arte Moderna, em São Paulo, onde recebe Menção Honrosa em 1967 e Medalha de Bronze em 1968. Na década de 70, organiza o Museu de Municipal de Ibitinga (1971) e torna-se um dos líderes do grupo Arte e Pensamento Ecológico (1975), formado por artistas e intelectuais brasileiros. Em 1981, viaja por vários países - Chile, Tahiti, Hawaí, Japão, Índia, Egito, Israel, Grécia, Itália e Portugal - e, entre 1984 e 1990, realiza freqüentes viagens para Nova Iorque. Em 1987, realiza uma Via Sacra para Igreja Matriz de Ibitinga.
Críticas
"No início, suas obras apresentavam pequenas figuras, normalmente santos ou beatos. Nesta época, Duílio era considerado primitivista mas ele preferia chamar-se de ´pintor caipira´. Posteriormente, suas obras foram ficando mais claras, mais luminosas apresentando uma perfeição técnica que até hoje predomina em todos os seus trabalhos. Suas figuras alongadas sempre fascinaram os espectadores e as vibrações em tons verdes que Duílio conseguia nesta fase, fizeram com que fosse classificado como surrealista. Ele se opôs muito a essa denominação, pois, segundo o próprio manifesto de André Breton, faltavam à sua obra elementos essenciais como morbidez, sexualidade onírica. Além disso, os trabalhos de Duílio sempre foram essencialmente cristãos, profundamente impregnados por religiosidade e sentimentalismo. Por isso, em vez de surrealista, ele preferia que se chamasse sua obra de arte fantástica. Posteriormente, Duílio ingressou em uma de suas fases mais magníficas em que ele apresentava a problemática de gente do interior ingressando na cidade grande ou então do homem sendo massacrado pela asfixiante metrópole. Os prédios, por assim dizer, se curvavam, alongavam-se para agarrar e sufocar os seres humanos ou então se transformavam em labirintos intransponíveis. Nesta época, Duílio conheceu alguns artistas como A. Peixoto, Eunibaldo Tinoco e Zé Cordeiro e resolveu-se: sua arte seria chamada simplesmente de Arte Brasileira. A partir daí, continuou pintando alternando temáticas e enriquecendo suas obras tecnicamente. Hoje em dia, sem dúvida alguma, Duílio Galli está entre os grandes artistas do Brasil (...)".
Jos Luyten
DUÍLIO Galli: retrospec 74. Texto de Jos Luyten. São Paulo: Galeria Prestes Maia, 1974.
Exposições Individuais
1967 - São Paulo SP - Primeira Individual, na Galeria KLM
1969 - Milão (Itália) - Individual, no Centro Cultural Ítalo-Brasileiro
1970 - São Paulo SP - Individual, na Mini-galeria da USIS
1974 - Santos SP - Individual, na Secretaria do Turismo de Santos
1976 - São Paulo SP - Individual, no Acre Club
1978 - Osasco SP - Individual, no Museu Dimitri Sensaud de Lavaud
1980 - São Paulo SP - Individual, na Itaugaleria
1981 - Tokuiama (Japão) - Individual, na Prefeitura Municipal de Tokuiama
1981 - Tóquio (Japão) - Individual, na Varig Brasil Airlines
1983 - Brasília DF - Individual, na Itaugaleria
1984 - Sarasota (Estados Unidos) - Individual
1985 - Ribeirão Preto SP - Individual, na Itaugaleria
Exposições Coletivas
1966 - São Paulo SP - 1º Salão dos Novos de Arte, no Theatro Municipal
1966 - São Paulo SP - 5º Salão do Trabalho - menção honrosa
1967 - São Paulo SP - 16º Salão Paulista de Arte Moderna - menção honrosa
1967 - São Paulo SP - 1ª Exposição de Pintores Surrealistas do Brasil, no Auditório Itália
1967 - São Paulo SP - 6º Salão do Trabalho - menção honrosa
1968 - Santo André SP - 1º Salão de Arte Contemporânea de Santo André, no Paço Municipal
1968 - São Paulo SP - 17º Salão Paulista de Arte Moderna - medalha de bronze
1968 - São Paulo SP - 2ª Exposição de Pintores Surrealistas do Brasil, no Auditório Itália
1968 - São Paulo SP - 8º Salão do Trabalho
1969 - Lisboa (Portugal) - O Brasil Desconhecido, no Palácio Foz
1969 - São Paulo SP - Arte Fantástica, no Auditório Itália
1969 - São Paulo SP - Concurso Ann Sullivana, no Sesi - menção honrosa
1970 - Santo André SP - 3º Salão de Arte Contemporânea de Santo André, no Paço Municipal
1971 - Atibaia SP - 4º Encontro de Artes Plásticas
1971 - Santo André SP - 4º Salão de Arte Contemporânea de Santo André, no Paço Municipal
1972 - São Paulo SP - 2º Salão Paulista de Arte Contemporânea
1972 - São Paulo SP - 3º Salão Paulista de Arte Contemporânea
1972 - São Paulo SP - Artistas Pioneiros da Arte Fantástica no Brasil, na Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo
1972 - São Paulo SP - Mostra de Arte Sesquicentenário da Independência e Brasil Plástica - 72, na Fundação Bienal (São Paulo, SP)
1972 - Verona (Itália) - Coletiva, na Galeria Faunus
1973 - Atibaia SP - 5º Encontro de Artes Plásticas - medalha de ouro
1973 - São Paulo SP - Bienal Nacional - Brasil Plástica 72
1974 - Santo André SP - 7º Salão de Arte Contemporânea de Santo André, no Paço Municipal
1974 - São Paulo SP - Retrospect 74, na Galeria Prestes Maia
1975 - Santo André SP - 8º Salão de Arte Contemporânea de Santo André, no Paço Municipal
1975 - São Paulo SP - Arte e Pensamento Ecológico, na Câmara Municipal de São Paulo
1976 - Atibaia SP - 8º Encontro de Artes Plásticas - prêmio aquisição
1976 - Santo André SP - 9º Salão de Arte Contemporânea de Santo André, no Paço Municipal
1976 - São Paulo SP - Bienal Nacional 76, na Fundação Bienal
1977 - São Paulo SP - 14ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1978 - Rio de Janeiro RJ - 18ª Arte e Pensamento Ecológico, na Biblioteca Euclides da Cunha
1979 - São Paulo SP - Gravuras: Técnicas, na Galeria da Faculdade Padre Manoel da Nóbrega
1983 - São Paulo SP - Panabienal Ecológica, no CCSP
Fonte: Itaú Cultural