Carolina Ponte

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Biografia

Carolina Ponte (Salvador - Bahia, 1981)

Artista plástica

A arte contemporânea já deu mostras de que a velha distinção entre high-art e low-art é coisa do passado. Nomes como Delson Uchôa e Beatriz Milhazes, Richard Wright e Chris Ofili trouxeram o léxico do ornamento para as mais relevantes instituições de arte e galerias do mundo. A obra de Carolina Ponte indica que a nova geração de artistas que fará a arte do século 21 continua interessada na retomada das referências populares ornamentais.

Mais do que uma tendência, esse retorno ao ornamento é marca de uma época que busca integrar valores básicos, como apreço a modos de vida simples e mais integrados com a natureza, a um refinado senso estético e valorização da boa produção intelectual. Contradição? Não, integração. Há algo de muito inclusivo no ornamento. Já foi dito que, por sua universalidade, ele é um Esperanto visual, algo que é compreendido por várias culturas (e por várias épocas). Carolina Ponte dá mais um passo rumo à integração da high-art e low-art, como num crochê que se faz alternando o ponto alto com o ponto baixo.

Os desenhos e esculturas moles de Carolina Ponte oferecem um tempo que estava quase perdido: a duração que se vivencia na atividade de fazer crochê. Para nós que vivemos no tempo das mensagens instantâneas em banda larga, é um alívio lembrar que o tempo pode assumir outras formas, menos ariscas, menos pontiagudas, e passar devagar, construindo nós intricados com linhas coloridas. As esculturas nascem dos nós das agulhas de crochê, misturando formas planas a tubos tridimensionais coloridos que pendem do teto. Os desenhos exibem figuras concêntricas (o crochê é muito afeito a círculos) feitas de minúsculas unidades, como os pontos que se desprendem da agulha.

Quando são coloridos, esses desenhos começam como manchas de tinta acrílica sobre papel. A esse fundo informe, Carolina Ponte sobrepõe linhas feitas com caneta preta, que vão desenhando as correntinhas, os pontos cruzados, o zig-zag, criando uma teia ornada com vários padrões.

A afinidade de Carolina Ponte com o tempo vem de sua graduação pela UFRJ, em 2005, em gravura, mídia que exige o repeito à duração dos processos e a perseverança por semanas num único trabalho. Desde então, já expôs suas obras em São Paulo (Realidades Impossíveis, 2009, Ateliê 397), Rio de Janeiro (Abre Alas, 2006, A Gentil Carioca e AH, 2006, Escola de Artes Visuais do Parque Lage), Brasília (Pontos de Encontro: Pedro Varela e Carolina Ponte, 2008, ECCO) e Veracruz, no México ( Realidades Imposibles, 20 artistas brasileños trabajando com fotografia hoy, 2008, Fototeca Juan Malpica Mimendi).

Individual

2011 - São Paulo - São Paulo - Brasil - Carolina Ponte (2011 : São Paulo, SP) - Galeria Zipper (São Paulo, SP)

Coletiva

2003 - Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil - Gravuras em Álbum (2003 : Rio de Janeiro, RJ) - Caixa Cultural (Rio de Janeiro, RJ)
2006 - Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil - Abre-Alas (2. : 2006 : Rio de Janeiro, RJ) - A Gentil Carioca (Rio de Janeiro, RJ)
2010 - São Paulo - São Paulo - Brasil - sp-arte (6. : 2010 : São Paulo, SP) - Fundação Bienal (São Paulo, SP)
2010 - Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil - Sobre Ilhas e Pontes (2010 : Rio de Janeiro, RJ) - Galeria Candido Portinari - UERJ (Rio de Janeiro, RJ)
2010 - Belém - Pará - Brasil - Salão Arte Pará (29. : 2010 : Belém, PA : Museu Histórico do Estado do Pará ) - Museu do Estado do Pará (Belém, PA)
2011 - São Paulo - São Paulo - Brasil - SP-Arte (7. : 2011 : São Paulo, SP) - Fundação Bienal (São Paulo, SP)

Fonte: Itaú Cultural, Das Artes