Ademar Manarini

Obras de arte disponíveis

No momento não possuimos obras de Ademar Manarini em nosso acervo.
Você possui uma obra deste artista e quer vender?
Clique aqui e envie sua obra para avaliação.
Leilão de Arte Online

Biografia

Ademar Manarini (Campinas SP 1920 - São Paulo SP 1989)

Fotógrafo.

Ganha, no final dos anos 40, um concurso de fotografia promovido pela Cia. Melhoramentos. Dedica-se à fotografia, como autodidata, em 1950. No mesmo ano, ingressa no Foto Cine Clube Bandeirante, onde participa do movimento denominado Escola Paulista. Industrial e empreendedor, funda as empresas Equipesca e Equilab, respectivamente em 1960 e 1970; esta última dedicada ao estudo e cultivo de orquídeas, uns dos temas recorrentes do seu trabalho. Expõe em 1952 no Salão Ruptura, no Museu de Arte Moderna, MAM/SP, quando passa a integrar grupo de artistas liderados por Waldemar Cordeiro (1925-1973). Participa da 2ª Bienal Internacional de São Paulo, no MAM/SP, 1953 e, em 1954 realiza, no mesmo local, sua primeira exposição individual. Em 1985, o Museu da Imagem e do Som, MIS/SP, organiza a retrospectiva Manarini: 35 anos de Fotografia. Recebe o prêmio Homenagem a Alejandro C. del Conte, na Argentina, em 1953, e o título de sócio honorário do Foto Cine Bandeirante, em São Paulo, 1989.  O livro em sua homenagem, Ademar Manarini: fotografia, organizado por Freddy Van Camp, é publicado no Rio de Janeiro em 1992.

Críticas

"Ademar Manarini, com sua extensa e variada obra fotográfica, com suas afinidades intelectuais, deve ser visto na perspectiva mais ampla do projeto construtivo brasileiro. A influente presença de Max Bill (1908-1994) em São Paulo, no Masp e na I Bienal (1951), inaugura o intenso contato com a arte geométrica e concreta internacional. Com seu conhecimento da moderna fotografia construtiva, pode-se afirmar que Ademar Manarini, Geraldo de Barros e José Oiticica Filho tiveram, em dado momento, claras intenções de um discurso construtivo. A existência de paradigmas reais torna superficial qualquer abordagem que enxergasse teleologia na interpretação histórica, esquecendo da marca das referências universais concretas. No reencontro de uma paixão, Ademar Manarini retoma intensamente a fotografia não documental depois de algumas décadas de afastamento. O recomeço será um marcado interesse pela cor e pelo signo, já não tanto pela construção como no seu momento bandeirante. Desde o período de fotógrafo experimental na década de 1950, Manarini, sem abandonar as afinidades intelectuais com os concretos e concretistas, desenvolveu o conhecimento e a sensibilidade pelas orquídeas, além de afirmar-se como um bem sucedido industrial".
Paulo Herkenhoff
MANARINI, Ademar, VAN CAMP, Freddy (org. ). Ademar Manarini: fotografia. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1992, p. 7.

"Na produção de Ademar Manarini encontramos, igualmente, o uso de intervenções no processo fotográfico. Tendo se filiado ao Foto Cine Clube Bandeirantes em 1950, sua produção abriu-se em várias direções. (...) E é justamente a sua fotografia abstrata, a princípio influenciada por Geraldo de Barros, que teve maior importância no contexto da Escola Paulista (...) As imagens de Manarini são feitas de texturas, sombras e área de luz que se interpenetram continuamente. Poderíamos dizer que são gravuras em que a matéria-prima é a luz. (...) As linhas e as formas ganham autonomia, materializando composições abstratas de grande riqueza visual (...). Nem sempre a realidade desaparece de todo, e as vezes podemos ainda identificá-la. Porém ela vem somente enriquecer as imagens, com a sua complexidade orgânica. (...) A maior contribuição de Ademar Manarini reside no fortalecimento do ideário abstracionista da Escola Paulista. Sua produção encontrou boa aceitação no Bandeirante, pois o fotógrafo se valeu dos caminhos abertos por Geraldo de Barros. Se o pioneiro paulista foi sectarizado no Foto Cine Clube Bandeirante, o mesmo não aconteceu com Manarini, que realizou uma exposição no Museu de Arte Moderna de São Paulo em 1954 sob patrocínio do Clube, tendo sido o seu trabalho várias vezes comentado no Boletim Foto Cine. Os tempos eram outros e a fotografia abstrata já havia se firmado como vertente definida nos horizontes da fotografia moderna brasileira".
Helouise Costa e Renato Rodrigues
COSTA, Helouise, RODRIGUES, Renato. A fotografia moderna no Brasil. Rio de Janeiro: Ed. da UFRJ, 1995, p. 66-67.

Exposições Individuais

1954 - São Paulo SP - Primeira individual, no MAM/SP
1983 - Campinas SP - Individual, na Galeria do Centro de Convivência Cultural
1984 - Campinas SP - Fotogravuras, na Galeria Aquarela de Arte Contemporânea
1985 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Espaço Esdi
1985 - São Paulo SP - Individual, no MIS/SP
1985 - São Paulo SP - Manarini: 35 anos de fotografia, no MIS/SP
1988 - Campinas SP - Branco & Preto, na Aliança Francesa
1988 - Campinas SP - Individual, na Galeria Aquarela de Arte Contemporânea
1988 - Campinas SP - Os Dois Lados do Muro, na Galeria de Arte da Unicamp
1988 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Rio Design Center

Exposições Coletivas

Década 1950 - Porto Alegre RS - Salão Internacional de Arte Fotográfica de Porto Alegre
1952 - Araraquara SP - 2º Salão de Arte Fotográfica, no Núcleo de Belas Artes de Araraquara
1952 - Bolonha (Itália) - 6º Mostra Della Técnica Fotográfica, Sallone del Podestá
1952 - Campinas SP - 3º Salão de Arte Fotográfica do Foto Cine Clube de Campinas
1952 - Estocolmo (Suécia) - Swedish Master Competition, Stokholm Saloon of Photography
1952 - São Paulo SP - Grupo Ruptura, no MAM/SP
1952 - Vitória ES - 5º Salão Capixaba de Arte Fotográfica do Foto Cine Clube do Espírito Santo
1953 - Amsterdã (Holanda) - 13º Internacionale Focus Fotosalon
1953 - Jaboticabal SP - 1º Salão de Arte Fotográfica do Foto Cine Clube de Jaboticabal
1953 - São Paulo SP - 2ª Bienal Internacional de São Paulo, no MAM/SP
1953c. - Santo André SP - Salão Internacional de Arte Fotográfica de Santo André
1954 - Campinas SP - 5º Salão de Arte Fotográfica do Foto Cine Clube de Campinas
1954 - Jaboticabal SP - 2º Salão de Arte Fotográfica do FCC de Jaboticabal
1985 - Campinas SP - Ferro, Manarini e Zelochi, no Centro de Convivência Cultural de Campinas

Exposições Póstumas

1993 - São Paulo SP - Mês Internacional da Fotografia, no Sesc Pompéia
1994 - São Paulo SP - Individual, no CCSP
2001 - Campinas SP - Realidades Construídas: do pictorialismo à fotografia moderna, no Itaú Cultural
2001 - Belo Horizonte MG - Realidades Construídas: do pictorialismo à fotografia moderna, no Itaú Cultural

Fonte: Itaú Cultural